Num ponto de situação feito numa altura em que está a começar a campanha de rega deste ano, Rui Guerra, técnico da DRAPN, afirmou que as albufeiras se encontram a “100% ou acima dos 90% de capacidade” de armazenamento.
“Está assegurada a rega em condições normais”, afirmou o também representante do Estado na Associação de Regantes e Beneficiários da Veiga de Chaves.
Depois de um ano de dificuldades em 2022, a chuva que caiu neste inverno permitiu encher as albufeiras, sendo que só a de Armamar é que ficou com níveis de armazenamento de água na ordem dos 85%.
O responsável salientou, no entanto, a necessidade de “poupar água” para o próximo ano, na eventualidade de se seguirem meses de seca.
Por isso mesmo, como prevenção, Rui Guerra deixou recomendações como o uso racional da água, pede para ser minimizado o gasto de água e que não se proceda à rega nas horas de maior calor para evitar evaporação, que sejam controlados os tempos de rega e que sejam verificados os equipamentos de rega para evitar perdas.
A DRAPN monitoriza quatro barragens no distrito de Vila Real, todas elas localizadas no concelho de Chaves, uma no distrito de Viseu e as restantes oito localizam-se no distrito de Bragança.
No final do último verão, a albufeira da barragem de Arcossó, concelho de Chaves, desceu aos cerca de 3% da sua capacidade de armazenamento de água.
Por causa da seca, a rega a partir deste aproveitamento hidroagrícola, no norte do distrito de Vila Real, foi cortada em julho, mas já em junho tinha sido incluído na lista anunciada pelo Governo com restrições para a campanha de rega no país porque esta barragem também tem abastecimento de água para a população.
Devido à falta de água, vários agricultores desta zona queixaram-se de quebras nas suas produções que, em alguns casos, chegaram aos 30%, mantendo este ano preocupações relacionadas com a falta deste recurso ou do impacto do calor intenso.
A barragem de Arcossó, localmente conhecida como Nogueirinhas, serve os agricultores da Associação de Regantes e Beneficiários da Veiga de Chaves, num total de 1.600 hectares, e cerca de 2.000 agricultores que têm como culturas predominantes o milho, a batata e cereais.
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