Uma vez mais, dedico um texto aos meus Amigos FB de Macedo de Cavaleiros.
Reparem na fotografia. É verdade que as diferenças não são muitas, em relação a 1942, ano em que a Família deixou Chacim e se fixou em Macedo. Poucas, mas algumas. Por exemplo, as ruas ainda não parecem estar definidas e tudo constituir um grande largo ou praça. Outro exemplo: a ausência total de automóveis. E, bem esquadrinhada a foto, outras diferenças haviam de aparecer.
Mas se em relação aos anos 40 do séc. passado, as diferenças são mínimas, o mesmo não se pode dizer em relação a hoje. Em relação a hoje, as diferenças são abissais. Enumeremos algumas:
O primeiro edifício da direita era então a Câmara Municipal (ou Paços do Concelho, se quisermos ser um pouco mais pomposos). Mas já sou do tempo em que se construiu a nova Câmara, um edifício de proporções avantajadas, mas de arquitectura medíocre. Não sei que uso deram ao edifício antigo, que sofreu um incêndio devastador em 1943, mas aí pelos anos 50 creio que foi adquirido pela família Pinto de Azevedo, que fez dele armazém e posteriormente mudou para lá a celebrada Estalagem do Caçador de saudosa memória. Hoje não sei o que é — mas ainda está lá.
As duas casas que se seguem, notavelmente semelhantes entre si do ponto de vista arquitectónico, mais uma terceira, que se segue, de menores proporções, já não existem. Em seu lugar está um mostrengo assustador de que prefiro não dizer mais nada.
Segue-se, na fotografia o romper da rua (creio que tem o nome de Alexandre Herculano) que levava à Cadeia, ao Campo de Futebol, etc. E imediatamente a seguir, já do lado de lá da rua, está uma casita de ar infeliz, que também já não existe, e foi substituída por um autêntico caixote, que em nada se distingue dos caixotes propriamente ditos, a não ser no tamanho.
Na actualidade estão assim, quase frente a frente, o mostrengo e o caixote. E que contraste fazem, meu Deus! O mostrengo é um catálogo de arrebiques; o caixote não tem um único detalhe ornamental que o torne digno do lugar que ocupa, bem no coração da cidade.
Continuando a viagem para sul, encontramos um casebre bisonho, que pelos anos 50 deu o lugar à Casa Mascarenhas — finalmente uma construção onde anda dedo de arquitecto.
A casa que se segue ainda existe e creio que mantém a traça original. À data da fotografia, já devia ser o que foi ainda durante muitas anos: a Pensão Prazeres. Hoje, no piso térreo, alberga um restaurante muito recomendável que tem o nome da proprietária: D. Antónia.
Finalmente, já quase ao chegar à Praça das Eiras, onde durante décadas se fizeram as feiras de Macedo, vê-se uma das poucas casas verdadeiramente interessantes de Macedo de Cavaleiros, o solar dos Morgados de Oliveira. Ainda existe, para que não se diga que a hecatombe foi total. Graças a Deus.
Reparem na fotografia. É verdade que as diferenças não são muitas, em relação a 1942, ano em que a Família deixou Chacim e se fixou em Macedo. Poucas, mas algumas. Por exemplo, as ruas ainda não parecem estar definidas e tudo constituir um grande largo ou praça. Outro exemplo: a ausência total de automóveis. E, bem esquadrinhada a foto, outras diferenças haviam de aparecer.
Mas se em relação aos anos 40 do séc. passado, as diferenças são mínimas, o mesmo não se pode dizer em relação a hoje. Em relação a hoje, as diferenças são abissais. Enumeremos algumas:
O primeiro edifício da direita era então a Câmara Municipal (ou Paços do Concelho, se quisermos ser um pouco mais pomposos). Mas já sou do tempo em que se construiu a nova Câmara, um edifício de proporções avantajadas, mas de arquitectura medíocre. Não sei que uso deram ao edifício antigo, que sofreu um incêndio devastador em 1943, mas aí pelos anos 50 creio que foi adquirido pela família Pinto de Azevedo, que fez dele armazém e posteriormente mudou para lá a celebrada Estalagem do Caçador de saudosa memória. Hoje não sei o que é — mas ainda está lá.
As duas casas que se seguem, notavelmente semelhantes entre si do ponto de vista arquitectónico, mais uma terceira, que se segue, de menores proporções, já não existem. Em seu lugar está um mostrengo assustador de que prefiro não dizer mais nada.
Segue-se, na fotografia o romper da rua (creio que tem o nome de Alexandre Herculano) que levava à Cadeia, ao Campo de Futebol, etc. E imediatamente a seguir, já do lado de lá da rua, está uma casita de ar infeliz, que também já não existe, e foi substituída por um autêntico caixote, que em nada se distingue dos caixotes propriamente ditos, a não ser no tamanho.
Na actualidade estão assim, quase frente a frente, o mostrengo e o caixote. E que contraste fazem, meu Deus! O mostrengo é um catálogo de arrebiques; o caixote não tem um único detalhe ornamental que o torne digno do lugar que ocupa, bem no coração da cidade.
Continuando a viagem para sul, encontramos um casebre bisonho, que pelos anos 50 deu o lugar à Casa Mascarenhas — finalmente uma construção onde anda dedo de arquitecto.
A casa que se segue ainda existe e creio que mantém a traça original. À data da fotografia, já devia ser o que foi ainda durante muitas anos: a Pensão Prazeres. Hoje, no piso térreo, alberga um restaurante muito recomendável que tem o nome da proprietária: D. Antónia.
Finalmente, já quase ao chegar à Praça das Eiras, onde durante décadas se fizeram as feiras de Macedo, vê-se uma das poucas casas verdadeiramente interessantes de Macedo de Cavaleiros, o solar dos Morgados de Oliveira. Ainda existe, para que não se diga que a hecatombe foi total. Graças a Deus.
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