O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, mostra-se preocupado com a situação e lamenta que não possam ser criadas mais barragens no concelho para armazenar mais água.
“O tempo que aí vem é um tempo difícil. Os concelhos de Bragança e Vinhais estão neste momento mais susceptíveis à seca do que qualquer outro concelho do país e isso preocupa-nos. Sabemos que a água é um bem essencial para a vida e não podemos, em circunstância nenhuma, ficar tranquilos percebendo que não há a possibilidade de termos mais recursos a esse nível, nomeadamente aqueles que nos permitem armazenar água em quantidade suficiente para aquilo que for necessário”, referiu.
A falta de água é um problema que afecta não só o abastecimento da população, mas também a economia, já que muita gente vive da agricultura. Há décadas que são reivindicadas barragens de regadio para as aldeias de Parada, de Calvelhe e de Rebordãos. Os projectos acabam sempre chumbados e a ministra da Agricultura comprometeu-se em ajudar o município, mas até agora nada.
“Com essa preocupação enorme fui falar com a senhora ministra para perceber o que estava acontecer, no sentido de nos informarem como proceder para haver aqui alguma correcção para uma posterior candidatura dessas mesmas barragens. A senhora ministra assumiu o compromisso de nos contactar e ficou essa responsabilidade no gabinete da senhora ministra no sentido de sermos contactados para podermos conjuntamente resolver essas questões. Ficámos a aguardar e estamos aguardar até hoje, porque não tivemos qualquer contacto”, disse.
Para já ainda não há aldeias do concelho de Bragança a serem abastecidas. Mas há localidades a serem monitorizadas por apresentarem valores “preocupantes”. O município também ainda não aplicou medidas de contingência, mas já está a elaborar um plano. Submeteu ainda uma candidatura para adquirir um camião-cisterna, mas não sabe se chegará a tempo do Verão.
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