Em declarações à Lusa, o vice-presidente da autarquia, Orlando Pires, afirmou que o município tem mantido um contacto permanente com as entidades de saúde “face às notícias a nível nacional” da recusa de médicos em fazer mais do que as 150 horas extraordinárias obrigatórias por lei.
“O município posiciona-se como fazendo parte da solução, como parceiro. Está disponível para implementar medidas de apoio aos profissionais de saúde” para que se fixem no concelho, explicou à Lusa o vice-presidente.
Questionado sobre que medidas poderão avançar, Orlando Pires respondeu que serão as que “a Unidade Local de Saúde de Nordeste e o Ministério da Saúde julguem adequadas”.
“O executivo municipal continua a reivindicar que não pode aceitar, de forma alguma, a diminuição da capacidade de serviços de saúde no concelho, nomeadamente as respostas ao nível da urgência”, ressalvou.
Para a Câmara de Mirandela, é “imperioso o reforço destes profissionais” quando muitos dos que estão no ativo se aproximam da idade da reforma.
“A Câmara Municipal opor-se-á, por todos os meios ao seu alcance, a qualquer intenção – que na verdade se julga não existir – de diminuição da capacidade dos Serviços de Saúde hoje presentes no concelho”, lê-se numa nota de imprensa.
Segundo o autarca, com os dados que o município dispõe, “se nada fosse feito”, havia “o risco de algumas valências, sobretudo a nível da urgência, ficarem condicionadas a médio prazo”.
Por isso o município mostrou-se disponível para “implementar medidas de imediato”, para evitar, no futuro, eventuais encerramentos e promover o “reforço das respostas de saúde”.
No comunicado, a autarquia refere que parte dessas ações poderão passar por estar à disposição para “colaborar ativamente com o Estado central" para "facilitar o acolhimento e fixação de mais médicos no concelho".
“É de extrema importância para as populações. Temos um concelho com 30 freguesias, 600 quilómetros quadrados de área, 102 aldeias e 21 mil habitantes”, enfatizou Orlando Pires, que salientou que, até ao momento, Mirandela tem tido “uma reposta de qualidade por parte da Unidade Local de Saúde do Nordeste”.
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