A 5 e 6 de Setembro, o planalto mirandês ganha nova vida com as Festas da Nossa senhora do Naso. Momento para a organização de gincanas, danças, caminhadas, concurso da raça asinina de Miranda. No dia 6 cumpre-se uma tradição centenária com a Feira do Naso, momento para a transacção de burros.
Nas terras de Miranda do Douro o burro é um «fiel amigo» que ainda hoje auxilia pontualmente nos trabalhos agrícolas. O animal de temperamento dócil, pêlo comprido e grosso, orelhas grandes, largas na base e arredondadas na ponta, patas robustas é um símbolo desta região transmontana.
Nos dias 5 e 6 de Setembro revive-se na aldeia de Póvoa, concelho de Miranda do Douro, uma tradição antiga: A Festa da Nossa Senhora do Naso. Estas festividades eram no passado o momento em que os habitantes das aldeias do planalto se deslocavam a Póvoa e conviviam. Festas que se assumiam como «as principais celebrações da região», explica a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA), entidade organizadora do evento.
Um dos momentos altos da festa era a Feira do Naso, um momento de compra e venda de burros. A 6 de Setembro, a recriação desta feira é uma oportunidade para contactar de perto com o burro transmontano.
O despovoamento das aldeias e mecanização da agricultura levaram ao fim da Festa da Nossa Senhora do Naso, não se realizando durante alguns anos. Em 2002, a AEPGA retomou a tradição e organiza anualmente este momento de celebração da cultura mirandesa. «É um evento-chave para a valorização do Burro de Miranda», afirma a associação.
O programa é diversificado e conta com gincana, dança, concurso da raça asinina de Miranda, caminhada da Póvoa ao Naso.
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(Henrique Martins)
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