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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

AS FESTAS DA SENHORA DO AMPARO DE MIRANDELA, EM 2014, DEFINHARAM?

Dizem que, este ano, a Marcha Luminosa não tinha tanta luz e terá havido menos entusiasmo dos figurantes. Onde estão os grupos garbosos das Terras de Isaltino, perdão, de Oeiras, que abrilhantavam a Festa? Dizem que foi a chuva que afastou a gente? Mas, já houve anos que a chuva ameaçava e todo o concelho e os vizinhos cumpriam a promessa, feita logo ao desfazer da Festa anterior: Oh! Senhora do Amparo// Eu p’ró ano lá hei-de ir,... E voltavam! A pé, em pequenos ranchos de vizinhos, «camboios» e mais «camboios» a abarrotar de gente, da corda de Macedo e de Bragança e do vale do Douro e do Tua, para partirem à noitinha, até de madrugada. Outros chegavam nas «caminhetas» da corda de Valpaços, de Chaves, de Murça, do Vale da Vilariça, de Alfândega ou Vinhais. Outros, ainda, apareciam a cavalo em burras, machos e cavalos, conforme as posses e a agilidade. Depois, havia sempre um curral, um cortelho, um eirado e até no mítico areal das lavadeiras de Mirandela, onde guardar as bestas bem arreadas e o farnel por perto. Tempos da nossa história monográfica recente e que a maioria já esqueceu.

Voltando às Festas da Senhora do Amparo de 2014, alguns chegam a atirar que não havia mais 30% ou 40% da gente das boas romarias de anos recentes. Terá a «orquestra dos Bombos» esmorecido um pouco? As festas são como a vida têm que evoluir na continuidade, o que pressupõem criatividade e respeito pela tradição. Se as pessoas pensam que com uns foguetes, duas ou quatro bandas de música e um conjunto de espanta gente pela barulheira infernal, têm as ruas da cidade cheias, desenganem-se é preciso muito mais. Aliás, as festas são cada vez mais e a gente cada vez menos. Dizem que o fogo-de-artifício foi o habitual, o que é um bom sinal do Município e da Festa. O foguetório foi sempre uma das boas imagens de marca das Festas. Eu não fui à Festa, até podia dizer que «a festas, bodas e baptizados só vão os convidados». Contudo, faltaria à verdade, porque o Jerónimo Pinto convida-me sempre, sempre e este ano também. Acredito que a Comissão de Festas deu o seu melhor e a minha crítica deve ser vista, apenas, como uma reflexão. Porque, dizem, mirandelenses atentos, que as festas perderam muito romeiro e forasteiro, talvez sejam os tempos da crise a «ajudar ao pálio».

Jorge Lage
in:diario.netbila.net

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