Produtores pecuários reclamaram no decurso do Concurso Nacional de Bovinos Raça Mirandesa, apoios do Governo para a ajuda ao emparcelamento de terrenos agrícolas, tendo em vista o aumento do efetivo pecuário da espécie autóctone.
"Um dos maiores problemas para a expansão da raça bovina mirandesa é o emparcelamento das parcelas de terra. Os terrenos são pequenos e, por esse motivo, não há espaço para o pastoreio dos animais, o que se torna mais dispendioso, já que se gasta muito dinheiro em combustível e rações", disse ao Mensageiro João Gato um criador de gado oriundo de Bragança.
Por seu lado, José Gaspar, um produtor de gado mirandês oriundo do concelho de Mogadouro também referiu que o emparcelamento é um dos principais problemas para a criação de animas desta raça autóctone.
Segundo os produtores, se não houver emparcelamento do terreno paga-se um valor "muito elevado" para a criação deste tipo de animais.
"Serão precisas ajudas do Governo para começar o emparcelamento, já que só por si, os produtores pecuários da região nordestina não conseguem manter este objetivo, que é considerado fundamental para o aumento do número de animais certificados", acrescentou.
Os produtores defendem que, em propriedade ampla, os animais já poderiam andar até aos quatro meses acompanhados pelas progenitoras, o que evitava gastos com as rações.
Por outro lado, os produtores pecuários defendem as potencialidades e as qualidades do gado bovino de raça mirandesa, afirmado que o escoamento da produção está sempre a assegurado por parte da unidade transformado da Cooperativa Agropecuária Mirandesa, situada na zona industrial de Vimioso.
O secretário técnico do livro genealógico de Raça Bovina Mirandesa, Válter Raposo, referiu que nos últimos anos o efetivo desta raça autóctone se tem mantido estável.
in:rba.pt
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