quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Rebordelo - Vinhais - Esclarecimento à população ficou à porta devido às férias de funcionário

Estava marcado para o passado dia 23 mas a sessão de esclarecimento sobre unidades de transformação de bagaço de azeitona que a Quercus ia fazer junto da população, em Rebordelo, no concelho de Vinhais, acabou por não se realizar. A sede da Junta de Freguesia ficou fechada e cerca de meia centena de pessoas, que se foram juntando à espera de ouvir os técnicos, ficaram à porta.
“Um grupo de cidadãos solicitou à Quercus que prestasse algumas informações sobre este tipo de unidades”, explicou Paula Silva, da direção daquela organização ambientalista, pois tem havido notícias da intenção de instalação de uma fábrica do género naquela zona do concelho vinhaense.

“No dia 19 enviámos um email a pedir à Junta de Freguesia para utilizar o espaço da sede mas não obtivemos resposta. Também tentámos o contacto para os números de telefone que estão na internet mas não obtivemos resposta”, explicou Paula Silva.
Assim, por entenderem não estarem reunidas as condições, pois seria necessário utilizar um computador para mostrar alguns diapositivos de suporte à palestra informativa, a sessão acabou por não decorrer.

Comissão criada para organizar nova sessão

No entanto, ao longo dos dias anteriores foram sendo espalhados cartazes pela aldeia anunciando a sessão de esclarecimento.
Renato Roque foi um dos participantes. Apesar de não residir diariamente em Rebordelo, tem casa nesta aldeia do concelho de Vinhais, uma das maiores do distrito de Bragança.
“O processo [de instalação da fábrica] tem sido feito um pouco à margem da população e nós gostávamos de ter mais informações sobre os impactos de uma unidade deste tipo”, explicou.
Uma vez que a reunião não decorreu, alguns dos populares que compareceram decidiram avançar para a criação de uma comissão “que vai convocar uma próxima sessão, estando encarregues de a divulgar convenientemente”, explicou Renato Roque.
Para já, a data apontada é a 10 de setembro, um sábado.
“Gostaríamos que o processo fosse mais transparente”, pede o mesmo habitante de Rebordelo.

Presidente da Junta garante estar disponível para colaborar

Entretanto, o Mensageiro contactou o presidente da Junta de Freguesia de Rebordelo, Francisco Santos, que garantiu não ter tido conhecimento nem da sessão nem de qualquer pedido para a utilização da sede.
“É a casa do Povo e, por isso, há regras. A mim ninguém me pediu autorização”, garante, desculpando-se com o desconhecimento informático e ausência do funcionário da Junta, em férias, para o facto de não ter tido conhecimento do pedido enviado por email.

António G. Rodrigues
in:mdb.pt

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