O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, tem desde sábado duas novas exposições. Uma que inclui 45 fotografias de Sebastião Salgado que retratam a condição de vida dos sem terra no Brasil e uma outra com trabalhos da autoria da pintora Graça Morais, que mostra os dois encontros profissionais com Sophia de Mello Breyner Anderson.
Por duas vezes, pinturas de Graça Morais acompanharam as palavras de Sophia de Melo Breyner em livros de poesia e de um conto.
A exposição inclui os desenhos originais e mesmo alguns manuscritos destas obras, que foram oferecidos por Sophia a Graça. A pintora considera que era altura das pessoas conheceram as peças desta exposição que é uma homenagem à escritora.
“Sobretudo é uma grande homenagem à Sophia, e é mostrar como há encontros importantes na vida das pessoas e tive dois encontros mágicos e enriquecedores com a Sophia de Mello Breyner quando ela me desafiou a fazermos um livro juntas com pinturas minhas e foi um casamento entre os poemas dela, encontrou alguns que já tinha e outros eram inéditos, e pinturas minhas. As outras são ilustrações do conto “O anjo de Timor”. Estas obras sempre as guardei para mim, foram apenas expostas uma altura na Casa Fernando Pessoa e achei que agora era altura de as mostrar neste espaço”, disse a autora na inauguração.
As 45 fotografias de Sebastião Salgado, considerado o melhor fotógrafo documental da actualidade, retratam a luta dos sem terra no Brasil nas décadas de 80 e 90 e integram uma colectânea que foi comprada em 2000 pelo Instituto Politécnico de Bragança, com recurso a financiamento europeu, onde foram na altura expostas. Agora o politécnico cedeu-as ao centro de fotografia Georges Dussaud. Mas antes de serem expostas naquele espaço podem se vistas no centro de arte contemporânea.
O presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, explicou que esta cedência aconteceu porque é a melhor forma de tornar estas fotografias conhecidas do público.
“O choque que se tem que o Sebastião Salgado procurou transmitir que é a realidade de 5 milhões de pessoas que têm como maior sonho ter um pedaço de terra que fosse só seu, que vivem na margem da estrada onde não existe nada, acho que isso nos dá um lição de vida, de humildade e de ligação ao próximo.
O Instituto achou que a exposição não devia ficar fechada, já esteve patente no instituto mas acho que deve ficar ao serviço da humanidade para que quem a veja fique com o seu coração mais aberto”, frisa Sobrinho Teixeira.
A exposição Terra está patente até 19 de Outubro. Já os trabalhos de Graça Morais ao encontro de Sophia poderão ser vistos até 29 de Janeiro, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança.
Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro
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