Concursos concelhios de ovinos e caprinos, mercado de produtos regionais, jogos tradicionais, gincana de tractores, garraiada e bênção dos agricultores e de mais de três centenas de máquinas agrícolas: durante dois dias foram diversos os motivos que atraíram centenas de pessoas à Feira da Agricultura, em Macedo de Cavaleiros.
Nesta festa do mundo rural, onde estiveram representadas as freguesias do concelho, os produtores levaram os produtos locais para mostrar a importância que acreditam que a agricultura tem. "As doenças, infelizmente, depende tudo daquilo que comemos, então temos que preservar de facto aquilo que temos de melhor que é a agricultura", afirmou a produtora da freguesia das Arcas, Lúcia Silva. "Eu falo por mim que era professora e deixei a profissão e dediquei-me à agricultura. É muito bom ser agricultora, é muito bom trabalhar na terra, é muito bom trabalhar com as árvores, com os animais. Temos um feedback muito bom, que quem trabalha com pessoas se calhar tem mais dificuldade porque as pessoas têm respostas muito diferentes e com menos generosidade que a natureza", explicou a produtora de Peredo, Raquel Mariano. "É tudo da minha horta, o lucro é pouco por isso tem que se ter muito amor àquilo que se faz para poder produzir alguma coisa", disse ainda a produtora da freguesia do Lombo, Angélica Pedro.
Diversos criadores do distrito brigantino rumaram também à feira movidos pelo concurso concelhio dos ovinos de raça churra galega bragançana e dos caprinos de raça serrana e da cabra preta de Montesinho. "Hoje estamos de rastos em Portugal com a nossa agricultura mas temos que fazer alguma coisa. No meu concelho, praticamente, em quatro ou cinco freguesias, já só eu é que sou pastor. Os concursos são uma coisa bem feita que é para, ao menos, mostrarmos a nossa actividade", contou o criador de cabra serrana, José Morais, vindo de Carrazeda de Ansiães. "Convivemos os pastores uns com os outros, o principal é isso", disse o criador da freguesia de Lamas, Macedo de Cavaleiros, Normando Pombares. Participar nestes concursos "é um vício!", acrescentou. "Os subsídios ainda ajudam, se não fossem os subsídios já não dava mesmo!", acrescentou a mulher de Normando Pombares, Fernanda Correia.
Pela primeira vez, da feira fizeram parte os jogos tradicionais. Vindo de Bornes, António Rogão quis vir abençoar o seu tractor e jogar ao fito como fazia noutros tempos. "A esta feira é a primeira vez. O meu filho disse que era a bênção dos tractores e lá vim. Está muito bom e há aí muitos tractores", confirmou. Sobre os jogos, o visitante conta que "se fosse há coisa de 10 ou 12 anos a coisa era outra" até porque "corria os torneios todos!".
O vereador da câmara de Macedo de Cavaleiros, Rui Vilarinho, que não quis ficar por de fora dos jogos, destaca a adesão. "Nos cinco jogos que fizemos participaram cerca de 160 pessoas, estamos muito satisfeitos. É o primeiro ano, esperamos que no próximo tenha mais adesão ainda e se possível vamos introduzir mais ainda. É uma festa lindíssima!".
A terceira edição da feira aconteceu neste último fim-de-semana no Parque Municipal de Exposições.
Escrito por Brigantia
Carina Alves
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