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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Canis intermunicipais da região esgotam capacidade com fim dos abates

A entrada em vigor da nova lei que proíbe o abate de animais no final de Setembro, alterou o funcionamento dos canis intermunicipais da região que tiveram de se adaptar. O centro de recolha oficial da Terra Quente vai ser ampliado e o da Terra Fria já suspendeu as entregas voluntárias.


O aumento das despesas já se faz sentir, quer pelo reforço dos recursos humanos quer pela manutenção dos animais no canil e esterilizações. No Canil Intermunicipal da Terra Fria Transmontana, que serve os municípios de Bragança, Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso, foram mesmo suspensas as entregas voluntárias de animais por proprietários e outras pessoas, como confirmou Jorge Fidalgo, autarca de Vimioso, município onde está localizado o canil: “decidimos suspender as entregas voluntárias da parte das pessoas no canil, porque de facto porque não temos capacidade de resposta para as eventuais solicitações que venham a ocorrer. Porque não podendo fazer as eutanásias que eram feitas até agora, a capacidade do canil vai imediatamente esgotar-se pelo que não nos é possível responder às entregas voluntárias”, disse Jorge Fidalgo.

Entre 2015 e o início de Outubro deste ano, deram entrada neste Centro de Recolha Oficial mais de 2300 animais, numa média de cerca de 600 por ano, e a taxa de adopção ronda os 13%.

Jorge Fidalgo acredita que o fim dos abates vai ter como resultado o aumento de animais errantes: “o que se prevê é que o número de animais abandonados vai aumentar, com todos os perigos que daí possam advir, mas não podem assacar as responsabilidades aos municípios quando já fizeram um esforço tão grande”, frisou o autarca.

No Canil Intermunicipal da Terra Quente Transmontana, que abrange os municípios de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vila Flor, há projectos para, em 2019, fazer a ampliação do canil para o dobro da capacidade actual. Um investimento no valor de 130 mil euros, que poderá ser financiado em 50%. Neste canil, já não é feito o abate de animais desde Fevereiro de 2017, mas esta realidade levou a que a capacidade do canil se revelasse insuficiente, como adiantou Manuel Miranda secretário-geral da Associação de Municípios da Terra Quente.

“O que tem originado é que a capacidade do canil se mostrou insuficiente. Temos agora o número de animais em valor redobrado daquilo que é a nossa capacidade. Temos capacidade para 80, e na segunda-feira tínhamos 140, não os animais as melhores condições de acolhimento”, contou Manuel Miranda.

Manuel Miranda considera que os apoios disponibilizados são poucos para se adaptarem à nova lei: “há essas medidas de natureza infra-estrutural para obras e outra ajuda que estamos a receber que dizem respeito às esterilizações. São apoios que são sempre insuficientes. O canil fica a 200 mil euros por ano, de gestão corrente, e os apoios para a ampliação são de 50%, está muito longe das necessidades”.

Em 2017, entraram neste canil cerca de 1400 animais. Este ano, até Junho já foram recebidos 900 animais, e Manuel Miranda estima que o número passe para cerca de 2000. O responsável explica que se tem apostado em iniciativas como campanhas de sensibilização, e que a taxa de adopções passou de 10% para 24%.

Os canis do distrito de Bragança com mais despesas e a enfrentar um grande aumento do número de animais perante as alterações introduzidas com a nova lei que proíbe o abate dos animais nos centros de recolha oficial.

Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro

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