O dirigente avançou que é preciso criar "uma nova dinâmica comercial" na fronteira entre o Nordeste Transmontano e a província espanhola de Salamanca.
O certame que teve a sua origem na idade média foi hoje apresentado, tem data marcada para os dias 11 a 16 de outubro e contará com um cartaz "repleto" atividades económicas, musicais, lúdicas e culturais, onde marcarão presença mais de uma centena de expositores.
"Ainda assim, a limitação de espaço no recinto de feira obrigou a deixar de fora um número significativo de expositores, que ronda os 40", vincou o responsável.
O certame exige um investimento que ronda os 110 mil euros, suportados em 75 mil pelo município e quer ser um espaço dinâmico dentro das multiatividades económicas deste concelho do sul do distrito de Bragança.
"Somos das poucas feiras do género que se realiza no Nordeste Trasmontano que se tem mantido de forma contínua e que abrange diversos setores económicos, ao longo de mais de duas décadas", assinalou.
Já o presidente da câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães, adiantou que as "ambicionadas" obras de requalificação da nave do Parque Municipal de Feiras e Exposições arrancam este ano, tendo já uma verba disponível de 180 mil euros proveniente do programa BEM-Beneficio de Espaços Municipais.
"Este dinheiro não chega e o município terá de cobrir o diferencial, já que a obra está orçada em um milhão de euros. Contudo, está obra vai permitir criar melhor condições acústicas, melhor climatização do espaço e mais área disponível, tudo porque não haverá pilares dentro deste espaço com cerca 2.400 metros quadrados", concretizou à Lusa o autarca trasmontano.
No que respeita a espetáculos, na edição deste ano a "cabeça de cartaz" será a jovem cantora Bárbara Bandeira que subirá ao palco no dia 12 de outubro. Ao longo dos seis dias de feira haverá animação de rua com grupos locais e as noites serão preenchidas com conjuntos musicais da região.
Haverá ainda um concurso dedicado ao cão de gado transmontano, montarias ao javali e um espetáculo equestre.
Ao longo de dezenas de anos, muito se tem discutido sobre o nome desta Feira e sua origem. No entanto, e segundo historiador António Rodrigues Mourinho, terá origem Medieval e não se trata apenas de uma tradicional feira de fim de colheitas. É um local de diversão e importante centro para o comércio do artesanato e de outros produtos tradicionais.
A Feira dos Gorazes tem associada uma componente gastronómica, com posta de vitela assada na brasa e a "marrã" (carne de porco assada na brasa) servidas nos restaurantes do concelho.
A feira dos Gorazes é uma organização da ACISM que conta com o apoio do município de Mogadouro.
in:diariodetrasosmontes.com
C/Agência Lusa
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