É o caso de Ângela João, de Vimioso, e o seu namorado Nuno Pedrosa que viajaram até ao Peru no dia 8 de Março, naquela que seria uma viagem de sonho. Tinham voo de regresso marcado para dia 20, mas foi cancelado no domingo à noite. Desde sexta-feira que contactam a companhia aérea, mas não lhes é dada qualquer resposta.
“Eles apenas dizem para contactar o call center, nem sequer há um número fácil de ligar, pois é de chamadas acrescentadas. A minha mãe em Portugal já tentou ligar e sem sucesso. A solução que as companhias aéreas oferecem é um voucher”, explicou Ângela João.
De um dia para o outro o país declarou estado de emergência e foram obrigados a ficar em casa. No entanto, não houve nenhuma informação oficial que avisasse a população do que se estava a passar.
“Não havia um aviso formal, que indicava que a partir de x horas as coisas iam encerrar”, contou Nuno Pedrosa.
Neste momento, todos os serviços estão a fechar, inclusive os hotéis. Esta noite ainda tiveram alojamento onde pernoitar, mas a partir de hoje é uma incerteza.
Os portugueses relataram ainda que em breve o dinheiro nas caixas multibanco pode também acabar, porque as casas de câmbio estão encerradas. Já tentaram contactar a embaixada portuguesa desde que souberam que os voos podiam ser cancelados, mas apenas anteontem tiveram resposta.
“A única resposta que tivemos da embaixada pediu-nos os nossos contactos e os nossos passaportes. Enviámos e pedimos que nos fosse dito alguma coisa, e não nos disseram mais nada desde então”.
O testemunho de dois portugueses, de Vimioso e Espinho, que se encontram no Peru e não têm como regressar ao país.
Escrito por Brigantia
Foto: Ângela João
Jornalista: Ângela Pais
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