Apesar da ajuda do Estado no pagamento de salários, este apoio é insuficiente para as empresas, segundo o administrador da Rodonorte. Para Jorge Santos as ajudas deveriam continuar quando as empresas regressarem à actividade.
“Deveria haver ajudas na produção e protecção de alguns serviços que se mostrem essenciais para a população em geral e na manutenção da actividade das empresas, principalmente num período de meio ano até um ano”, aponta.
Até agora a Rodonorte ainda não fez qualquer despedimento. Parte dos salários é pago pela empresa com a utilização de um fundo de maneio e a cobrança de dívidas. Jorge Santos entende que se gastarem toda a reserva monetária para manter os funcionários, não vão conseguir retomar a actividade.
“Acredito que, durante um ou dois meses, qualquer empresa pode ter algum fundo de maneio guardado para situações extraordinárias, mas a utilização desse fundo impede depois uma retoma normal quando a situação estabilizar”, destacou
A empresa tem mantido apenas carreiras essenciais, mas volta a aumentar a actividade com o regresso às aulas presenciais. O administrador da Rodonorte considera que uma carreira no distrito só é sustentável que houver transporte público em comum com transporte escolar.
“No distrito de Bragança se não houver transporte público em comum com transporte escolar dificilmente há uma carreira que tenha sustentabilidade financeira. Terá que haver um compromisso das câmaras municipais para que seja estabelecido o equilíbrio económico-financeiro que permita a normal laboração deste transporte público”, sustenta.
A Rodonorte registou uma quebra de mais de 90% na actividade nos últimos dois meses. Agora espera em breve voltar à normalidade.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais
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