O desaparecimento de Aureliano Cristal Ribeiro (13/03/1937- 11 /06/2020) deixou a cultura mirandesa mais pobre já que se tratava de um verdadeiro “embaixador” nas suas mais diversas vertentes e que passavam pela música, etnografia, rituais do Solstício de Inverno ou o artesão das capas de honra mirandesa.
Aureliano Ribeiro era detentor de uma postura muito própria, no seio da cultura mirandesa e deixou um legado cultural que dificilmente a história apagará. Quem lidou com este homem dos “sete ofícios” diz que “ se perdeu um “monumento da cultura mirandesa”.
Para o diretor do Centro de Música Tradicional “Sons da Terra”, Mário Correia, a pessoas de Aureliano Cristal Ribeiro é um verdadeiro monumento da cultura tradicional mirandesa, um guardião das tradições da sua terra natal, Constantim, com infinita paciência e inexcedível entusiasmo.
“Recordo as vezes sem conta em que procurei em Constantim para que acedesse a receber estudantes de antropologia e de etnomusicologia, realizadores de documentários e jornalistas. Sempre disponível, com a elegância das pessoas que gostam de transmitir os seus conhecimentos e vivências e o fazem com um sentido de partilha cultural”, indicou o etnomusicólogo ao Mensageiro.
Aureliano Cristal Ribeiro, nascido em Constantim , no concelho de Miranda do Douro, em 13 de Março de 1937, desde muito cedo que ouviu a música tradicional mirandesa, por força da enorme influência e estímulo de seu pai, Virgílio Cristal, figura ímpar e decano dos tamborileiros.
Francisco Pinto
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