Quem o afirma é o presidente do conselho de administração da empresa intermunicipal. Hernâni Dias revela que os executivos das autarquias e as assembleias municipais já aprovaram esta agregação dos sistemas de água através de delegação de competências na Resíduos do Nordeste, mas a pandemia veio atrasar o processo:
“A nossa pretensão é consigamos ter a gestão da água, tanto em alta como em baixa. Entendemos ser uma empresa que, neste momento, é capaz de desenvolver um trabalho muito melhor do que aquele que é feito pelas Águas do Norte e, dada a relação de proximidade que temos com os consumidores, estamos em melhores condições para o fazer.
Foram já feitas várias diligências nesse sentido, os municípios já aprovaram, nos seus órgãos, tudo o que tinha a ver com estas autorizações para podermos avançar para esse processo. Entretanto, foram feitas também várias reuniões com secretários de estado, ministros, com a Águas do Norte e com a ERSAR, no sentido de se estudar a possibilidade de podermos fazer essa gestão.
Estamos a aguardar desde a última reunião com o Ministro do Ambiente que haja um trabalho feito através de uma comissão criada para esse efeito, no sentido de termos em cima da mesa algumas propostas para depois as podermos trabalhar.”
Confrontado com a denúncia da CDU do distrito de Bragança de que esta agregação teria como consequência a perda de autonomia dos municípios na definição de preços e tarifas e, com isso, um aumento generalizado dos preços para os consumidores, Hernâni Dias assegura que será precisamente o contrário, ou seja, que os munícipes vão pagar uma tarifa mais reduzida:
“O nosso objetivo é consigamos fazer o que estamos a fazer na Resíduos do Nordeste. Recordo que estamos a prestar um excelente serviço e as taxas aplicadas por tonelada são bastante inferiores a outros sistemas de recolha que existem no país, o que significa que temos a preocupação de fazer um bom serviço ao mais baixo custo possível, fazendo com que o consumidor final pague a taxa mais baixa que conseguirmos.
Estamos convencidos que, tendo nós essa gestão com o sistema verticalizado, tanto em alta com o em baixa, vamos conseguir fazer um trabalho notável como o que já fazemos com a resíduos, servindo bem os nossos cidadãos e, ao mesmo tempo, aliviando a sua carteira pois a tarifa seria bastante mais baixa.”
Depois da gestão dos resíduos sólidos urbanos, tudo indica que a Resíduos do Nordeste se prepara para assumir o sistema de água, em alta e em baixa, dos nove municípios que integram a CIM Terras de Trás-os-Montes: Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.
INFORMAÇÃO CIR (Terra Quente FM)
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