A ideia do empresário e veterinário é aproveitar um espaço de que a sua empresa NovaVet é proprietária na zona industrial de Bragança, para instalar a nova fábrica.
"Como tenho uma empresa de distribuição farmacêutica e dispositivos médicos, a NovaVet, já trabalhamos há uns 30 anos, e sempre compramos este material, como as máscaras e os EPI, éramos importadores, mas , entretanto, saiu uma medida da covid-19 que é muito interessante, que financia a colocação urgente das máscaras e outro material no mercado, para a União Europeia se tornar independente da China no que respeita à produção. Nós compramos esse equipamento há vários anos a outros e agora surgiu esta oportunidade de produzir, uma vez que existe um financiamento com investimento a fundo perdido. Se as máscaras estiverem no mercado até seis meses após a publicitação da decisão viável do Estado a comparticipação é de 75%, mas se e as máscaras estiverem no mercado dois meses depois esse financiamento passa para 95%. É muito aliciante", explicou Luís Afonso.
O empresário está ainda a expandir o seu negócio de distribuição farmacêutica, cujo armazém principal é em Braga, e, mesmo em tempos de crise tem contratado novos recursos humanos.
"No mês passado contratei sete pessoas, três para Bragança, e as restantes para Lisboa, Alentejo e Braga. Tinha a intenção de trazer o armazém para Bragança, onde tenho um terreno junto ao matadouro, o que implicava mais cerca de 30 postos de trabalho, mas desisti porque me chatearam muito com uma notícia relacionada com um terreno junto ao ISLA, com a qual tentaram difamar-me. Infelizmente, os vereadores do PS prestaram um mau serviço à cidade e ao concelho.
No dia 15 de julho, comprei um armazém, num investimento que ultrapassa um milhão de euros, em Vieira do Minho, onde nos vamos instalar. A minha empresa é uma das três maiores de distribuição farmacêutica veterinária de Portugal e a maior em exportação. Bragança perdeu este investimento. Já não vem. Em setembro ou outubro começamos a deslocalização de Braga para Vieira do Minho. Bragança perdeu postos de trabalho e a maior unidade de distribuição, com três mil metros quadrados de área coberta. Trinta famílias podiam encontrar postos de trabalho em Bragança", disse Luís Afonso, que garante que não esquece a cidade de Bragança mas não nega que está magoado com a forma como foi atacado.
Glória Lopes
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