sexta-feira, 24 de julho de 2020

Emigrantes vêm em menor número por receio de perderem o emprego

As fronteiras terrestres e aéreas estão abertas e não há entraves à entrada e saída de Portugal. A garantia é da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas.
Berta Nunes explicou que, apesar de não existir qualquer problema neste sentido, os emigrantes estão a vir em menor número. A governante assinalou que apenas se mantêm entraves quanto ao Reino Unido, mas que a situação será reavaliada, nos próximos dias. “Estão a vir em menor número mas era já essa a expectativa. Tenho dito que podem vir de todos os países onde temos grandes comunidades, com excepção do Reino Unido. Não há nenhum problema em termos de fronteiras terrestres nem áreas. Podem vir sem qualquer problema, sem ser obrigatório trazer nenhum teste ou fazer quarentena, nem à vinda nem à ida”.

Berta Nunes afirma que não devem existir medos na hora de decidir vir. Ainda assim está consciente de que há várias pessoas que não virão de férias porque os seus rendimentos caíram e que a crise as afastará mais que o vírus. “Posso dizer que Portugal é um país seguro. Temos alguns casos bem delimitados e controlados e, neste momento, tem vindo a reduzir o número. Não há que ter medo mas é verdade que alguns emigrantes não vêm porque perderam rendimentos e têm medo de vir a ter dificuldades económicas”.

A governante esclareceu ainda que lhe foi reportado que há muitos emigrantes com receio de perder o emprego. Assim, Berta Nunes afirma que essa situação está apenas a acontecer no Reino Unido. “A pressão que está a existir e que nos foi reportado foi que se for preciso fazer quarentena os patrões não pagam a pagam. Isso não está a acontecer na grande maioria dos países, apenas no Reino Unido. Na verdade, onde tivemos esses reportes, em relação à Suíça e Alemanha, não há qualquer problema”.

Berta Nunes esclareceu ainda que a vinda dos emigrantes para as aldeias, onde predomina uma população envelhecida, não levanta questões maiores em termos de saúde pública. “Se as medidas forem cumpridas não há nada a temer”.

Apesar da possibilidade de chegar, facilmente, a Portugal e de fazer férias em segurança, a secretária de Estado calcula que este ano milhares de emigrantes fiquem pelos países que escolheram para viver.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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