O comandante da entidade, José Neto, destacou, neste aniversário, que se vive um momento atípico que alterou as próprias rotinas da polícia. “As coisas mais complicadas que nós vivemos passam pela entrada de serviço, desde logo, ou seja, sermos capazes de higienizar as viaturas, os rádios, os equipamentos , a colocação obrigatória da viseira, estarmos próximos mas, dentro dos locais de trabalho, existir o respeito pelo distanciamento uns dos outros, o próprio contacto com o cidadão se alterou, não podendo haver aquela relação de empatia que é obrigatória por parte de um profissional de polícia. Tudo isto alterou rotinas e passamos, inclusivamente, a ter que fazer vigilância activa a pessoas infectadas. Isto alterou a nossa forma de estar”.
Além da mudança de rotinas, o comandante também sublinhou que as próprias funções e tarefas dos efectivos tiveram que ser adaptadas à pandemia. “Nós passámos a ser mais um agente de saúde pública. Temos que perceber se as pessoas respeitam os confinamentos, temos que manter as pessoas que estão em isolamento profilático em casa, temos que ser capazes de ser agentes de sensibilização. Passámos a ter que ter outro tipo de tarefas, muitas delas até em resposta à acção social”.
A pandemia modificou ainda a intervenção da PSP. José Neto referiu que, hoje em dia, a deslocação a qualquer tipo de ocorrência tem que ser mais ponderada. “Não há nenhum espaço que não tentemos perceber antes o que está a acontece lá dentro. Por norma, hoje somos um pouco mais pacientes porque podemos ir ao encontro de um indivíduo que pode estar infectado e por em causa toda a instituição”.
Não revelando quantos efectivos tem o comando, José Neto garantiu que são os necessários mas não os suficientes.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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