Atualizado 27-07-2020 18:35
Dos 13 casos positivos, nove dizem respeitos a elementos da corporação de bombeiros que serve a zona sul do concelho de Bragança, obrigando ao encerramento do quartel, por a maioria dos 38 elementos se encontrar de quarentena.
Os restantes quatro casos são familiares, nomeadamente do emigrante em Espanha que estará na origem deste surto, aparentemente controlado, tendo em conta, que nos dois últimos dias não houve testes positivos nem em Izeda, nem em todo o distrito de Bragança, de acordo com informação facultada à Lusa pelas autoridades de saúde.
Aos bombeiros de Izeda resta agora esperar até 03 de agosto, como disse à Lusa o comandante, Óscar Esménio, já que essa é a data para o fim do isolamento obrigatório decretado pela autoridade regional de saúde.
Dependendo do evoluir da situação, na próxima semana será tomada a decisão relativamente ao regresso à operacionalidade da corporação afetada pela pandemia covid-19, incluindo o comandante.
Num comunicado que dirigiu à comunidade, nas redes sociais, o comandante dá conta do "momento difícil" que está a enfrentar o corpo bombeiros e confirma os nove casos positivos entre os elementos.
Óscar Esménio, informa que "o quartel de Bombeiros Voluntários de Izeda não pode prestar qualquer tipo de socorro à população, uma vez que poderia por em risco os próprios operacionais e a população em geral".
Indica também que "o socorro irá ser prestado pelas corporações de Bombeiros de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vimioso" e alerta que durante estes dias "os meios podem demorar mais do que o normal a prestar socorro", mas insiste que as pessoas liguem 112 em caso de necessidade.
O comandante chama ainda a atenção de que o contágio "não acontece só aos outros" e para a necessidade de "seguir todas as recomendações da Direção-geral da Saúde".
O distrito de Bragança contabiliza, desde o início da pandemia, quase 400 casos de infeção pelo novo coronavírus e 24 mortes associadas à covid-19, sem registo de óbitos desde maio.
Nos três hospitais da região registou-se hoje o número mais baixo de internamento com 10 pessoas nos serviços hospitalares, uma das quais em cuidados intensivos.
O atual período de férias é o medo das autoridades locais, como realçou à Lusa Carlos Vaz, presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste.
Nesta época chega ao Nordeste Transmontano gente de outras zonas portuguesas, nomeadamente Lisboa, e do estrangeiro.
"Essas pessoas porque estão assintomáticas, sem querer, podem contagiar muita gente nas nossas aldeias e é o nosso medo", declarou à Lusa o presidente da ULS do Nordeste.
Carlos Vaz lembrou que os casos que se têm registado na região têm sido importados e pedem a quem visita o distrito de Bragança, sobretudo as populações mais envelhecidas, que tomem todos os cuidados.
Entre esses cuidados destacou o uso das máscaras e o evitar do contacto físico, nomeadamente afetos como beijos e abraços.
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