Vinte e nove pessoas morreram este ano vítimas de acidentes com tratores agrícolas, enquanto cerca de três dezenas ficaram feridas com gravidade. Os sinistros com estas máquinas continuam a preocupar as autoridades, sobretudo a GNR, que desenvolve no terreno várias ações de sensibilização. Em 2019, morreram 57 pessoas em incidentes envolvendo este tipo de veículo.
Este ano, até ontem, Bragança era o distrito onde se verificaram mais acidentes mortais, com um total de quatro vítimas. Seguem-se os distritos de Santarém, da Guarda e de Viseu, com três mortos cada.
A maioria dos desastres com tratores aconteceu durante trabalhos agrícolas ou em caminhos florestais com um piso muito acidentando, fora de estradas principais ou secundárias. Verifica-se também, com frequência, o capotamento do veículo. As vítimas acabam por ser colhidas pelos tratores e morrem esmagadas.
Um outro ponto em comum em muitos dos acidentes registados este ano prende-se com o facto de acontecerem numa altura em que o tratorista se encontra sozinho, o que atrasa o acionamento dos meios de socorro. Ainda no dia 10 deste mês, na Mealhada, um homem, de 73 anos, saiu de casa para realizar trabalhos num campo agrícola. Perto da hora de jantar, estranhando a demora e alarmados por não o conseguirem contactar, vários familiares procuraram o trabalhador, que acabaram por encontra já sem vida, junto ao trator.
Muitos tratoristas não fazem também uso do chamado arco de Santo António, uma estrutura em ferro que tem como objetivo proteger o condutor de ficar esmagado num capotamento. A maioria das vítimas mortais é do sexo masculino e tem mais de 65 anos.
Luís Oliveira
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