O objectivo das nove autarquias é implementar uma estratégia integrada nesta área, para desta forma garantir a competitividade do sector agrícola. A reivindicação foi transmitida à Ministra da Agricultura durante uma reunião por videoconferência, avançou Artur Nunes, presidente da CIM. “O ministério da Agricultura abriu um aviso específico para o Tejo, que abrisse também um para as Terras de Trás-os-Montes. Serviria para percebermos a captação e reservas de água e a utilização dessa para regadio. Potenciava a produção agrícola e animal no nosso território”.
Apesar de o ministério não ter mostrado muita abertura para atribuir este apoio, os nove autarcas da CIM das Terras de Trás-os-Montes consideram que o investimento no regadio é uma prioridade e por isso equacionam avançar com fundos próprios para a elaboração de um plano intermunicipal para este sector. “Aquilo que nos disseram foi que iriam apoiar alguns projectos que já estavam em execução e que tinham intenção de fazer um estudo nacional. Não vimos muita aceitação, por parte do ministério, nesta intenção. Aquilo que dissemos é que, nós municípios, vamos pagar esse estudo para os nossos territórios, promovê-lo no orçamento para o próximo ano, no âmbito da CIM, e levaremos esse assunto ao próprio executivo e depois à Assembleia Intermunicipal”.
Com o Plano Intermunicipal de Regadio a CIM pretende identificar o potencial hídrico e hidroagrícola das Terras de Trás-os-Montes, estudar modos de armazenamento, captação e distribuição e simultaneamente os locais onde se deverão reabilitar, requalificar ou construir as novas barragens.
Segundo a CIM, sete dos nove concelhos estão incluídos em áreas classificadas como susceptíveis de desertificação e com carência de regadio elevada ou muito elevada a elaboração deste estudo é fundamental para potenciar o desenvolvimento sustentável da agricultura, contrariando a desertificação a que o território está exposto.
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