quinta-feira, 8 de abril de 2021

"Nun me Lhembra de Squecer" - Jazz em Mirandês

 Jazz em mirandês é um projeto original, distinto. Aplicar os sons identitários da língua mirandesa ao idioma jazzístico, resulta numa mescla ousada, emocionalmente gratificante. Um legado que me é muito familiar.

"Não me Lembro de Esquecer"

O que se segue  é a breve historia deste trabalho de originais.

Venho pedir a vossa ajuda, numa altura em que a pandemia veio afundar a nossa actividade.

Nasci em Bragança e passei grande parte da minha infância e adolescência em casa dos meus avós, numa aldeia do planalto mirandês:  Campo de Víboras, por isso desde pequena que tenho contacto com “La Lhengua Mirandesa”.

Vivo no Porto há alguns anos , mas desloco-me muitas vezes a estes lugares aos quais estou emocionalmente ligada. Numa destas viagens,  há mais de um ano, surgiu a ideia de juntar a língua mirandesa ao Jazz. Fiz uma pesquisa de autores que escreveram nesta língua e encontrei Amadeu Ferreira, figura ilustre das letras, poeta, estudioso e divulgador da língua e cultura mirandesas.

Quarteto - Auraestudio exterior - jardins

Um dos propósitos deste trabalho que apresento e também uma das suas mais valias, é a defesa de uma língua que é ameaçada na sua sobrevivência, pela desertificação da região onde é falada., não obstante é a nossa segunda língua oficial.

Associar o mirandês ao jazz , pareceu-me à primeira vista uma tarefa incompatível, mas está a ser estimulante e até provocatório o que , de certa maneira, fortalece esta minha vontade.

Trabalhar uma língua que tem uma aspereza natural, rústica e juntá-la a temas com roupagem jazzística e linhas melódicas por vezes delicadas, é emocionalmente gratificante.

Para aperfeiçoar o meu conhecimento desta língua, frequento um curso on line promovido pela “ Associaçon de la Lhéngua i Cultura Mirandesa” , fundamental à defesa e preservação desta língua e  uma ajuda inestimável neste meu projecto.

Jazz em mirandês é um projeto original, distinto.

Aplicar os sons identitários da língua mirandesa ao idioma jazzístico, resulta numa mescla ousada, com um resultado musical extraordinariamente surpreendente, dois idiomas que se fundem nesta linguagem universal.

Contudo, não pretendo utilizar instrumentos de raiz tradicional comuns na expressão musical destas terras, mas manter-me “fiel” ao trio clássico que me acompanha: piano, contrabaixo e bateria.

aurastudio -músicos e técnico

Marco Figueiredo - piano, composição e arranjos

João Paulo Rosado  - Contrabaixo

Filipe Monteiro - Bateria 

Sinto neste trabalho discográfico um dever: a transmissão de um legado que me é muito familiar, através do jazz ao qual me dedico há alguns anos.

Para além de ser um trabalho em disco  é também a defesa da segunda  língua falada em Portugal e que, por isso, nos pertence!

São boas razões para aderirem à campanha! 

contamos convosco!

Obrigada!

Marco Figueiredo - piano

Sobre o promotor

Isabel Ventura 

Iniciou a sua atividade musical na década de 80. Participou em vários grupos de renome como “back vocals”:Trabalhadores do Comercio, GNR, BAN com quem gravou o álbum “ Mundo de Aventuras” . Com eles atuou em diversos concertos em Portugal e Europa.

Por esta altura é convidada por Pedro Abrunhosa a integrar a “Maquina do Som”, projeto que esteve na base dos Bandemónio.

O seu interesse por cantoras como Billie Holiday, Sarah Vaughan, Dianne Reeves e músicos como Chet Baker, Keith Jarrett e Miles Davis, atraem-na para o Jazz.

Participa com alguma frequência em diversas Jam-sessions e concertos com músicos da cena jazz na altura, como Carlos Azevedo, George Lettellier, Paulo Gomes Ricardo Fabini entre outros.

Decide , então, formar o seu quarteto.

Desde essa altura tem atuado por todo o País em diversos eventos ligados ao Jazz, destaque para o 4º ciclo de Jazz Guarda, Centro Cultural de Belém ,Casa da Musica no Porto, Festival Rota Jazz, Porto Blue Jazz, entre outros.

“Encontro em Dois Momentos” é o seu primeiro trabalho em nome próprio , apresentado em Fevereiro de 2013 no espaço de intervenção cultural “Maus Hábitos” e também no dia internacional do jazz - Teatro Rivoli no Porto.

Participa na 10 edição do Festival Internacional Douro Jazz: Teatro Ribeiro Conceição, Lamego, Teatro de Vila Real, Teatro Municipal de Bragança, Grande Auditório da Casa das Artes em Vila Nova de Famalicão, Teatro Diogo Bernardes em Ponte de Lima, Auditorio do Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros, O Verão é Jazz em Guimarães, Gondomar jazz/18.

Em Fevereiro de 2015 saiu o segundo trabalho da cantora, " To Jazz " , apresentado ao vivo no Teatro Helena Sá e Costa em Setembro de 2015.

Desde então, tem participado em varias iniciativas ligadas ao Jazz, por todo o país.

Foi cantora convidada da OJP – Orquestra de Jazz do Porto em vários concertos, nomeadamente na Casa da Música.

Destaque também para o Festival de Jazz em Gondomar , Festival Oito Mãos -Monumentos com Musica Dentro - em 2018.

Está, neste momento, a preparar o terceiro disco.

Isabel Ventura - Fraga do Puio - Picote - Miranda do Douro

Orçamento e Calendarização

Valor total de despesas - 3000 €

Campanha começa a 7 de Abril e termina a 7 de Junho /21

Este valor será para aplicar  nas seguintes despesas:

Comissão PPL 276,75 €

Estúdio: gravação, mistura e masterização - 1600 Euros

Duplicação física Cd - 1125

Estamos ainda em ensaios e estúdio, por isso  não podemos garantir data certa do lançamento do CD. Provavelmente só no final do Verão.

Contudo, algumas das recompensas , são possíveis antes deste prazo.


Mais informação AQUI.

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