O inquérito, que pode ser preenchido desde segunda-feira, é feito pela primeira vez integralmente on-line, através do site censos2021.ine.pt. o que junto dos mais idosos pode levantar algumas dúvidas ou dificuldades.
“Vou fazer 88 anos e a última vez fiz em papel, agora a minha filha faz. Se não tinha de pedir a alguém porque eu não podia”, afirma Isabel Garcia, que mora no bairro dos Formarigos em Bragança.
Na distribuição das cartas com códigos a cada agregado, os recenseadores foram explicando as mudanças no processo e esclarecendo algumas questões.
“Se isto é para contar a população que há, eu também tenho de ser contado”, responde Delfim Santos que diz também contar com a ajuda do filho para responder ao inquérito.
A resposta aos Censos já começou e é obrigatório até ao final de Maio, como explica Susana Costa, coordenadora dos censos da União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo (UFSSMM), em Bragança.
“Há 10 anos levávamos um papel, fazíamos as questões e referenciávamos nós, agora entregamos um código, para entrarem na plataforma inserirem o código e a password e eles preenchem”, esclarece.
Além do apoio dos recenseadores, quem não tiver ajuda para preencher os dados na plataforma do INE pode dirigir-se aos balcões disponibilizados nas juntas de freguesia. No caso de Bragança há balcões nas duas antigas juntas de freguesia e quem necessitar de apoio deve agendar.
“A UFSSMM facultou o e-balcão, com duas salas na Sé e outras duas em Santa Maria. No caso de Meixedo [freguesia rural] é mais difícil porque têm uma dificuldade maior na cobertura de internet, mas vamos lá ao terreno ajudar as pessoas que não conseguem fazer, que não têm internet nem ninguém que os ajude a fazer”, afirmou.
Todos os códigos têm de ser utilizados como sublinha João Monteiro, um dos 26 recenseadores na união de freguesias de Bragança.
Os recenseadores aguardam que o código seja utilizado e caso não aconteça têm “de voltar para confirmar se são residências habituais”, explica, já que os recenseadores conseguem ver na aplicação quem responde ao inquérito.
Quem não responder aos Censos está sujeito a uma multa que varia entre os 250 e os 25 mil euros para pessoas singulares e, no caso de pessoas colectivas, entre 500 e 50 mil euros.
A contagem e caracterização da população e do parque habitacional, que decorre de 10 em 10 anos, já está a ser feita desde segunda-feira, através da internet.
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