O instituto regressou na segunda-feira ao ensino presencial, depois de três meses com aulas e atividades a distância, mas num modelo híbrido em que há turmas divididas por aulas em sala e em casa.
O sistema de ensino à distância foi reprovado pela maioria dos estudantes num estudo realizado numa das escolas do IPB, e divulgado na sexta-feira, que confirma a perceção que o presidente já tinha das consequências negativas, como afirmou hoje, à margem da assinatura de um protocolo de parceria com a Cruz Vermelha.
O estudo avaliou o impacto da pandemia e a adaptação à nova realidade dos estudantes da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (EsACT), situada em Mirandela, e a maioria dos inquiridos apontou várias dificuldades e consequências negativas na aprendizagem e avaliação.
Orlando Rodrigues espera que “as consequências negativas cessem no final deste semestre e que, no próximo ano, todos possam já funcionar normalmente”.
“Estamos muito confiantes que isso irá acontecer, como toda a sociedade”, vincou.
O estudo foi realizado pelas docentes Joana Fernandes e Salete Esteves e ao inquérito responderam 231 dos 1.716 alunos da EsACT, a maioria dos quais assistiram às aulas online a partir de casa e, apesar de terem Internet e equipamentos, “apenas 57,9% conseguiram acompanhar as aulas, na maior parte das vezes”, segundo as conclusões.
A maioria dos inquiridos (64,2%) considerou a avaliação “mais difícil do que a avaliação presencial” e 58,2% defendeu que “as aulas presenciais são necessárias e não substituíveis por aulas online”.
“Revelou o que já esperaríamos. Os alunos preferem o ensino presencial, tínhamos essa perceção, o inquérito veio exatamente demonstrar isso. Por isso é que nós fazemos tanta questão na retoma das atividades presenciais, defendemos muito a retoma das atividades presenciais, gostaríamos que tivesse sido mais cedo”, afirmou o presidente do IPB.
Orlando Rodrigues assegurou que a retoma está a ser feita “com todas as normas de segurança e recurso ao ensino misto com alternância de turmas, mas garantindo que os alunos possam estar presencialmente, em particular, nas componentes práticas de formação que são essenciais”.
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