- Onde deixei o telemóvel… deixa-me ligar do telefone fixo… Ah não é preciso já toca na sala…
- Viva Pe. Hérmino, bom dia!
- Bom dia, Estevinho!
- Olhe Pe. Hérmino ainda fico com “nomofobia” [síndrome causado pela falta de telemóvel, do inglês, “no – mobile”], hoje teve que ser o Sr. a ligar para conseguir localizar o telemóvel.
- Vê lá não convém. Capelão de que falamos hoje?
- Pe. Hérmino que me diz da polémica construção do novo Aeroporto de Lisboa?
- Na década de 1980, vinha eu do Porto para visitar os meus familiares, tendo por companheiro de viagem o Sr. Coronel Norberto Daniel Rodrigues. Seguíamos, pela velha estrada nas “voltinhas do Marão”, um camião pesado e, ouvindo o roncar dos equipamentos que revolviam as terras, a abrir o IP4- Itinerário Principal n.º4. O IP4 pretendia ligar Matozinhos à fronteira de Bragança, em Quintanilha, tornando assim mais leve e, rápido, o percurso entre estes municípios, facilitando ainda os transportes de mercadorias e, acelerando o ritmo dos ligeiros. Na altura perguntei ao companheiro de viagem: “que dizes deste gasto enorme de dinheiro, se durante o inverno continuará o mesmo suplício, do gelo, da neve, aqui no alto do Marão? Sorriu. Penso exata e precisamente da mesma maneira. Agora investimos muito dinheiro neste troço, que liga Amarante a Vila-Real, para no final termos de gastar mais para “furar” o Marão, porque sem isso não nos vemos livres do gelo, da neve e, dos acidentes rodoviários.
Hoje, passado tanto tempo, com a A4 - Autoestrada n.º 4, com o túnel do Marão [2009-2016], ao serviço, vemos que isto sim é realmente um verdadeiro investimento!
Fala-se hoje que o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, já não chega e, que é preciso outro, para quê? Para resolver o problema, ou para nos vermos a braços com outra solução a não chegar? Não será tempo de abrir os olhos e, tendo em conta a experiência do Marão, tendo de considerar outra alternativa não seria de pensar, por exemplo em Beja, onde há “pano para mangas”, ficando a servir não só a capital, mas também Setúbal, complementando Faro e, servindo a Extremadura espanhola, com transporte ferroviário à altura, como defendem os especialistas? Cederemos à eterna política das capelinhas, ou atenderemos ao verdadeiro interesse dos cidadãos?
Vejamos o caso do “Airbus A380 da Hi Fly” que não pode aterrar no Aeroporto Humberto Delgado e, teve de ir para Beja, o único aeroporto em Portugal com condições para receber este tipo de aparelhos. Ou querem fazer como o pobre que se veste de ruim pano e, por isso, se veste duas vezes no ano, pagando dois feitios?
Mais, teremos nós o direito de destruir o habitat das aves, que certamente continuaram a agarrar-se ao seu oásis, com a agravante de serem um perigo para a aviação, a ponto de poderem ser absorvidos pelos reatores? Será preciso haver desastres e perda de vidas humanas para ter de reconsiderar novamente, como aconteceu no Marão, negando por agora a realidade? Ou, porventura, queremos continuar a ter tudo concentrado nos grandes centros, com todos os problemas que daí advém, crime organizado, bairros sociais problemáticos […]?
- Pe. Hérmino isto dá que pensar […]. Se Humberto Delgado, o “General sem medo”, da tumba se levanta, ainda alguém se ataranta, ao ouvi-lo dizer o que disse a respeito de Salazar: “obviamente demito-o”!
- Viva Pe. Hérmino, bom dia!
- Bom dia, Estevinho!
- Olhe Pe. Hérmino ainda fico com “nomofobia” [síndrome causado pela falta de telemóvel, do inglês, “no – mobile”], hoje teve que ser o Sr. a ligar para conseguir localizar o telemóvel.
- Vê lá não convém. Capelão de que falamos hoje?
- Pe. Hérmino que me diz da polémica construção do novo Aeroporto de Lisboa?
- Na década de 1980, vinha eu do Porto para visitar os meus familiares, tendo por companheiro de viagem o Sr. Coronel Norberto Daniel Rodrigues. Seguíamos, pela velha estrada nas “voltinhas do Marão”, um camião pesado e, ouvindo o roncar dos equipamentos que revolviam as terras, a abrir o IP4- Itinerário Principal n.º4. O IP4 pretendia ligar Matozinhos à fronteira de Bragança, em Quintanilha, tornando assim mais leve e, rápido, o percurso entre estes municípios, facilitando ainda os transportes de mercadorias e, acelerando o ritmo dos ligeiros. Na altura perguntei ao companheiro de viagem: “que dizes deste gasto enorme de dinheiro, se durante o inverno continuará o mesmo suplício, do gelo, da neve, aqui no alto do Marão? Sorriu. Penso exata e precisamente da mesma maneira. Agora investimos muito dinheiro neste troço, que liga Amarante a Vila-Real, para no final termos de gastar mais para “furar” o Marão, porque sem isso não nos vemos livres do gelo, da neve e, dos acidentes rodoviários.
Hoje, passado tanto tempo, com a A4 - Autoestrada n.º 4, com o túnel do Marão [2009-2016], ao serviço, vemos que isto sim é realmente um verdadeiro investimento!
Fala-se hoje que o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, já não chega e, que é preciso outro, para quê? Para resolver o problema, ou para nos vermos a braços com outra solução a não chegar? Não será tempo de abrir os olhos e, tendo em conta a experiência do Marão, tendo de considerar outra alternativa não seria de pensar, por exemplo em Beja, onde há “pano para mangas”, ficando a servir não só a capital, mas também Setúbal, complementando Faro e, servindo a Extremadura espanhola, com transporte ferroviário à altura, como defendem os especialistas? Cederemos à eterna política das capelinhas, ou atenderemos ao verdadeiro interesse dos cidadãos?
Vejamos o caso do “Airbus A380 da Hi Fly” que não pode aterrar no Aeroporto Humberto Delgado e, teve de ir para Beja, o único aeroporto em Portugal com condições para receber este tipo de aparelhos. Ou querem fazer como o pobre que se veste de ruim pano e, por isso, se veste duas vezes no ano, pagando dois feitios?
Mais, teremos nós o direito de destruir o habitat das aves, que certamente continuaram a agarrar-se ao seu oásis, com a agravante de serem um perigo para a aviação, a ponto de poderem ser absorvidos pelos reatores? Será preciso haver desastres e perda de vidas humanas para ter de reconsiderar novamente, como aconteceu no Marão, negando por agora a realidade? Ou, porventura, queremos continuar a ter tudo concentrado nos grandes centros, com todos os problemas que daí advém, crime organizado, bairros sociais problemáticos […]?
- Pe. Hérmino isto dá que pensar […]. Se Humberto Delgado, o “General sem medo”, da tumba se levanta, ainda alguém se ataranta, ao ouvi-lo dizer o que disse a respeito de Salazar: “obviamente demito-o”!
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