“Eu achei que se estavam a perder as memórias todas das pessoas, e desta forma conseguimos partilhá-las.
Sou de uma geração um pouco mais nova do que o José Manuel Torrão, que no caso tem memórias dos avós, principalmente, um pouco mais antigas que as minhas.
Depois também fui procurando pessoas que eu conhecia e sabia que tinham essas memórias, para partilharem num documento escrito, que é agora património da aldeia.”
Maria da Conceição Baixinho Dias dá alguns exemplos do que consta deste livro:
“Comecei pelas festas religiosas como o Natal, a Consoada, a Páscoa, os Reis, as festas de verão e o Pentecostes.
Depois a parte criativa dos jogos e tradições da aldeia.
Há uma parte à qual chamamos a gramática do Lombo porque há muitas palavras que pertencem à nossa linguagem daqui. Era também uma terra de muitas alcunhas.
O livro conta como se brincava antigamente e como se faziam os brinquedos.
Também a forma como se faziam os casamentos, batizados e funerais consta deste livro.”
O livro já era para ter sido apresentado em agosto do ano passado, o que acabou por ser adiado devido à pandemia.
A obra vai ter continuação com um segundo volume, que já está praticamente pronto:
“No segundo volume vai ser feita a caracterização da aldeia, a história e geografia.
Decidimos fazer dois livros para não sobrecarregar as pessoas economicamente e também para não ser muito difícil de ler, pois um livro com 500 páginas seria mais pesado.
O livro está praticamente pronto, falta muito pouco.
Pensamos que talvez possa ser publicado em agosto do próximo ano, na festa do emigrante que aqui fazem, mas também pode ser que o consigamos publicar mais cedo.”
O livro foi apresentado à população da aldeia durante a IX Feira do Azeite e do Figo, que aconteceu durante o fim de semana na aldeia do Lombo, no concelho de Macedo de Cavaleiros.
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