O objectivo é proporcionar igualdade de oportunidades ao nível da educação, mas também atenuar a distância entre os jovens e a família já que muitos têm que sair do concelho para fazer o ensino secundário. Assim, os alunos só têm que se deslocar para fora do concelho para frequentar as aulas de formação.
“Os alunos vão continuar a ter ualas na sua escola, na componente sociocultural, têm dois dias na escola onde sempre tiveram ensino, e depois vão obter a formação científica e tecnológica a uma escola diferente do seu concelho, mas em temas que eles escolheram. A turma é partilhada entre duas escolas”, explicou um dos responsáveis pelo projecto, Rui Caseiro.
Esta é uma vontade que tem vindo a ser pensada ao longo dos anos e está a ser posta em prática, este ano lectivo, nos concelhos de Bragança, Mirandela, Vila Flor, Vimioso, Vinhais e Alfândega da Fé, envolvendo 22 alunos. O transporte dos jovens é assegurado pela CIM.
A Escola Profissional Prática Universal, em Bragança, foi uma das escolas que aderiu ao projecto-piloto. Segundo o director pedagógico, João Pires, desta forma os jovens já não têm que estar tanto tempo afastados de casa, já que metade dos alunos da EPPU é de fora do concelho.
“Temos 50% dos alunos que são de fora do concelho de Bragança, de Vimioso, Mogadouro, Miranda do Douro, Vila Flor, Vinhais e Alfândega da Fé. Este distrito tem uma área bastante grande e os alunos, às vezes, vêm à segunda-feira, só regressam à sexta-feira, ficam fora da família a semana inteira”, disse.
Outro dos objectivos da partilha de turmas é também combater o insucesso escolar no distrito. O projecto-piloto vai implicar um investimento de 75 mil euros, para o transporte dos alunos.
Sem comentários:
Enviar um comentário