As imagens são da autoria do fotógrafo francês que dá nome ao centro e pertencem, há vários aos, à colecção daquele espaço. Uma exposição que, segundo o curador, Jorge da Costa, também nos permite perceber como foram evoluindo estas tradições. "Estas fotografias já estiveram aqui noutras circunstâncias mas organizadas de uma outra forma. É isso que também é extraordinário na obra do Georges Dussaud... outro tipo de leituras e de organizações. São fotografias de uma escala temporal muito ampla, desde 1980 até 2016. permitem uma viagem a um conjunto de geografias, de espaços, tempos e de trabalhos agrícolas. Por isso vemos aqui ferramentas arcaicas, como as foices, a tractores, que vemos nestes tempos mais contemporâneos".
As imagens são, na sua maioria, captadas no distrito, mas há algumas que nos levam até ao Douro, ao Minho e ao Alentejo. Esta é uma forma de compreender algumas semelhanças entre as gentes e os trabalhos. "Houve a preocupação em escolher, essencialmente, imagens que representem esta região mas não deixamos de fazer a viagem a outros lugares para ver as pessoas que trabalham a terra, que ele transforma em verdadeiros heróis e que são o centro da sua obra. Vemos aqui pessoas a cavar a terra mas também as vemos, por exemplo, no Minho. Acima de tudo é mostrar que a terra é multo generosa. Aliás, o torga põe isso em questão e depois percebe que sim, que a terra é generosa porque as pessoas a cultivam".
Na inauguração da exposição esteve a vereadora da cultura da câmara de Bragança. Fernanda Silva considera que as escolas podem aproveitar a mostra para ensinar um pouco mais sobre a região aos alunos. "Temos aqui uma grande vantagem para as escolas, para os alunos de 3 e 4º anos, virem aqui ter uma aula. São espaços que se podem transformar em espaços de aprendizagem
A exposição “do que a terra dá” está patente no Centro de Fotografia Georges Dussaud até dia 17 de Abril. A entrada é gratuita.
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