Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
Houve um tempo… ouvi contar aos antigos que se podia… beijar e abraçar… e as mãos se uniam sem medo nem pressa… houve um tempo em que o sorriso viajava pelas ruas… houve um tempo em que a humanidade era livre e feliz… e não sabia…
… memórias!
… isso foi num tempo antiquíssimo… e poucos se lembram… foi antes de março de 2020
… poucos se lembram!
Quarenta noites… é uma história de ficção que se cruza com a mais terrível realidade do século XXI, a trágica pandemia do Covid19
Um ínfimo vírus mudou o mundo e o quotidiano duma pequena aldeia perdida atrás dos montes que se confronta com os avanços científicos e a insegurança em relação ao divino, ao mito e a crenças milenares.
E O Deus do Antigo testamento surge terrífico para castigar pelo fogo Sodoma e Gomorra e logo seu Filho nasce numa manjedoura para pregar a paz e o amor.
E outras pandemias se registam para memória futura. Na peste negra os judeus foram acusados de envenenar os poços… e a perseguição e carnificina do povo judaico foi tão demolidora que obrigou o Papa Clemente VI a desculpabilizar os judeus e a atribuir a Peste Negra a um mau alinhamento entre Marte, Júpiter e Saturno.
Os habitantes duma pequena aldeia a nordeste, um professor, uma médica e um padre dão corpo à história, onde o preconceito, o mito, a religião persiste no mesmo universo das evidencias científicas. E o amor tão perto à beira duma grande amizade.
Quarenta noites. Um livro simples de 200 páginas para memória futura e para dar voz às grandes solidões que se viveram nos Lares de 3ª idade, ao sofrimento nos hospitais, às ruas desertas, às empresas, às escolas encerradas… à vida encerrada.
Quarenta noites, um livro uma leitura amena para o Natal, para que a esperança no futuro ainda seja possível, conciliando as grandezas com as misérias da natureza humana.
Fernando Calado nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança.
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.
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