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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

AECTDuero-Douro cria sistema de produção de energia que permite poupar 92% da fatura

 O AECT Duero-Douro, em parceria com os municípios transfronteiriços do Nordeste Transmontano, Beira Interior e das províncias espanholas de Zamora e Salamanca, colocou em prática um sistema que baixa o valor da fatura da luz em 92%, foi hoje divulgado.
“Trata-se de um modelo pioneiro entre todos os conhecidos até ao momento onde a energia é produzida pelos municípios, sem taxas nem impostos”, explicou a Lusa o diretor geral do Agrupamento de Cooperação Territorial (AECT) Duero-Douro, José Luís Pascual.

Este modelo permite que, mediante a instalação de painéis fotovoltaicos em telhados dos edifícios pertencentes às autarquias, se possa produzir energia elétrica que depois é injetada na rede de distribuição.

De acordo com o responsável, para que este projeto fosse viável, foi criada em 2017 a primeira cooperativa de energia transfronteiriça Efiduero Energy SCEL.

“O autoconsumo coletivo apresenta-se como uma alternativa aos modelos tradicionais utilizados pelos grandes grupos produtores de eletricidade e contribui para travar o monopólio de produção energética existente em Portugal e Espanha”, vincou aquele responsável.

Segundo José Luís Pascoal, o objetivo é executar uma centena de instalações de autoconsumo em concelhos como Vinhais, Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro, Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança. Já no distrito da Guarda, o projeto será instalado em Vila Nova de Foz Côa e Sabugal, sendo estes alguns dos municípios portugueses onde se espera começar a executar o projeto até ao final de 2021.

Esta iniciativa tem também em funcionamento 200 instalações em várias localidades de Salamanca, Zamora e na zona transfronteiriça com Portugal, onde o AECT Duero-Douro realizou um investimento de 3,5 milhões de euros.

De acordo com dados enviados à Lusa pelo AECT Duero-Douro, uma família média em Espanha e Portugal paga atualmente 300 euros por Megawatt /hora na fatura da luz, quando as famílias das localidades de Salamanca e Zamora onde o modelo já está a ser implementado pagam 24 euros por pela mesma potência distribuída.

“Concretamente, estas instalações são de 15.75 kW e constam de 35 painéis de 450W. Através do autoconsumo coletivo estarão a beneficiar desta energia tanto as autarquias como as empresas ou particulares com contrato de energia elétrica nas localidades”, concretizou José Luís Pascoal.

Para o responsável pelo AECT Duero- Douro, isto é uma realidade graças ao sistema de produção de energia elétrica em autoconsumo coletivo.

O projeto tem como objetivo promover o desenvolvimento rural através da eficiência energética e do desenvolvimento sustentável.

“Trata-se de um projeto pioneiro baseado na criação de um sistema que promova a independência energética das pequenas comunidades rurais convertendo-as num polo de atração de investimento de empresas e por conseguinte na criação de emprego. Tudo através de uma fonte de energia renovável e amiga do meio ambiente como a energia solar”, concretizou o responsável.

Através deste projeto, estima-se que o conjunto total das instalações pode produzir ao ano 5.000 megawatts por hora e reduzindo as emissões de CO2 em 4.537,42 toneladas por ano. Em termos monetários, a poupança situar-se-ia em 1.176.323 euros por ano.

O projeto prevê que uma centena destas instalações se execute em Espanha, das quais mais de 50 já se encontram em funcionamento em algumas localidades.

O AECT Duero-Douro foi criado em 2009 com cerca de duas centenas de entidades associadas  e desde então tem vindo a desenvolver varias iniciativas no território transfronteiriço das províncias de Salamanca e Zamora no lado de Espanha e nas regiões portuguesas de Trás-os-Montes, Douro e Beira Interior Norte do lado português .

O seu principal objetivo é o de impulsionar o desenvolvimento rural através de diferentes projetos europeus de cooperação transfronteiriça.

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