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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Bragança: cidadela tranquila com museus e boa comida

 Passear pela cidadela e visitar o que esta tem para oferecer é uma forma de aprender as tradições desta região raiana e a sua história. As máscaras e os trajes dos caretos, as lendas, a gastronomia local reinventada, tudo isto cabe nas estreitas e bonitas ruas que compõem a cidadela de Bragança.

Castelo de Bragança. (Foto: Rui Manuel Ferreira/GI)

Cenário de conflitos que se estenderam por vários séculos – com leoneses e castelhanos ao barulho – , Bragança ganhou a distinta Torre de Menagem que hoje é a sua caraterística mais reconhecível já no século XV. Mas as muralhas com as suas torres de vigia e a Torre da Princesa já existiam e continuam hoje firmes, delimitando a zona antiga da cidade, chamada de cidadela.

Esta é uma espécie de “aldeia”, por onde se entra pela estreita Porta da Vila e que se pode percorrer de uma ponta a outra em poucos minutos. Mas este aglomerado de casinhas em ruas tranquilas tem muito para ver.

O castelo de Bragança. (Fotografias: Rui Manuel Ferreira/GI)

Entre-se no Museu Ibérico da Máscara e do Traje, que mostra em três pisos as tradições ligadas às festas dos rapazes ou dos caretos, que se celebram no inverno no nordeste transmontano e em toda a região raiana. As máscaras e fatos coloridos mostram as personagens típicas destas celebrações. Atualmente, além das exposições permanentes – Festas de inverno do distrito de Bragança, Festas de Inverno da província de Zamora e Festas de Carnaval – pode ser visitada a temporária “Máscaras Transmontanas”, dedicada ao artesão Amável Alves Antão, até ao fim de outubro.

O Museu Ibérico da Máscara e do Traje.

Um pouco mais à frente, chega-se à Torre de Menagem onde se encontra instalado o Museu Militar. Subindo as estreitas escadas, fica a conhecer-se as vivências militares da cidade, até porque a maioria das peças foram doadas por habitantes que lutaram em várias campanhas em territórios africanos e na Primeira Guerra Mundial. Acessível, lá fora estão os adarves das muralhas que delimitam a leste a cidadela e a porta secundária. Ao lado estão ainda a Igreja de Santa Maria, que data do século XIV, tendo posteriores acrescentos, e o enigmático Domus Municipalis, edifício que remonta ao século XII, e que terá funcionado, entre outras coisas, como cisterna.

Cozinha criativa

O chef transmontano Luís Portugal apresenta no seu restaurante Tasca do Zé Tuga que tem a torre do Castelo e as muralhas como pano de fundo uma cozinha criativa baseada em bons produtos portugueses – a maior parte deles transmontanos e sazonais. O restaurante é um dos maiores chamarizes de Bragança intramuralhas e o chef gosta deste ambiente de aldeia. “As pessoas que aqui vivem são de famílias muito antigas e têm orgulho em ser da cidadela. Tratam-na bem”, considera o chef que se tornou conhecido há uns anos depois de participar no Masterchef. É Bib Gourmand no guia Michelin desde 2019.

Luís Portugal, chef e dono da Tasca do Zé Tuga.

O restaurante é Bib Gourmand no guia Michelin desde 2019.

Clássico da arquitetura

Não se encontra dentro de muralhas mas não deixa de ser um ícone da cidade. A Pousada de Bragança dirigida pelos irmãos Geada, onde também funciona o G, o primeiro Estrela Michelin de Trás-os-Montes, é um clássico da arquitetura do final dos anos 50. Foi desenhada por José Carlos Loureiro como um “grito de liberdade” deste arquiteto da escola do Porto. O edifício foi concebido sob uma ótica diferente do que era a estética da época, principalmente pelas enormes janelas que percorrem toda a extensão da sala e do restaurante, havendo assim uma vista panorâmica que enquadra o Castelo e a cidadela.

Os irmãos Óscar e António Gonçalves, do G Pousada.


Luísa Marinho

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