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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Seca está a criar preocupações também no setor cinegético

 João Alves, presidente da 1ª Região Cinegética, diz que não o ano cinegético não é nada promissor:


“Este ano temos o grande problema da seca que veio prejudicar muito a caça também. Certamente que muitos animais devem ter morrido devido à falta de água.

A nível da caça menor, já havia dificuldades em todo o país e não só aqui, mas na nossa região, onde o clima é muito mais agreste e seco, a caça leva um arrombo cada vez maior.

As próprias árvores autóctones daqui já estavam a secar no início do verão por falta de humidade, pois já há praticamente um ano que não chovia.

Não antevemos um ano venatório promissor. “

As doenças e as alterações climáticas têm afetado mais as espécies de caça menor e os efetivos vão diminuindo:

“É na caça menor, coelho, lebre e perdiz, que está o maior problema. A maior parte das zonas de caça já não têm praticamente coelhos.

A nível de caça maior ainda vai havendo alguma coisa, pois esta tem conseguido adaptar-se melhor à nova realidade das alterações climáticas, cada vez maior falta de sementeiras e tem sido imune às doenças, aqui na nossa região pelo menos, mas o mesmo já não se pode dizer em relação à caça menor.

Se nada for alterado, as pessoas tendem a desmoralizar, o que é normal, pois andar por lá todo o dia e não ver uma peça de caça é chato.

É um problema que nos ultrapassa e que acontece também no Sul, e em grande parte da Península Ibérica.”

E parece não haver outra solução a não ser encontrar uma vacina eficaz para a doença hemorrágica, que é a principal causa de morte do coelho-bravo:

“Para já, ainda não se descobriu uma forma de erradicar a doença. Refiro-me ao coelho mas parece que em algumas zonas do Sul também já estão a aparecer problemas nas perdizes e em algumas lebres.

Algumas zonas de caça têm insistido em repovoamento, mas já se viu que não dá resultado porque as populações doentes depois também a vão transmitir àqueles que são introduzidos.

Em vez de andarmos toda a vida à procura do problema, precisávamos de arranjar uma vacina que começasse a contrariar a doença, apostar fortemente nisso.

O Projeto + Coelho, a nível nacional, incidia muito na identificação do problema e muito pouco na solução, em arranjar uma vacina. O coelho é a base da caça menor e havendo efetivos já não há tanta pressão nas outras espécies.

Se o Estado apostasse fortemente nisso, haveríamos de encontrar uma solução.”

A semana passada a Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses reuniu com o Secretário de Estado das Florestas para apresentar esse e outros problemas do setor.

A época venatória em terrenos não ordenados começa a 2 de outubro.

A caça à rola-comum continua proibida até 2024.

Escrito por ONDA LIVRE

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