Por: António Orlando dos Santos (Bombadas)
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Sucedeu que na semana passada o meu amigo António Gomes (GARRIDO) esteve na nossa cidade. Veio visitar a família: sua irmã, cunhado e sobrinhas. Trouxe pouco tempo para o que programou e como sempre, soube-nos a pouco já que sem a assiduidade certa, é sabido que as novidades menos publicitadas, ficam sempre para os momentos de menos ênfase, no diálogo que usamos para relembrarmos passagens gratas da nossa meninice que foi rica, mas sempre vivida com avidez pois estávamos quase certos que só se podia viver assim.
Quer isto dizer que quando fui notificado da sua presença, acompanhado da esposa em casa do nosso amigo comum, Carlos Gonçalves e esposa Emília Gonçalves, não esbanjei tempo para garantir que o que restava fosse bem aproveitado na recordação da passagem de um espaço de vivência, onde todos aprendemos a sermos gente de trabalho, ordem e educação.
Sendo a gente e as coisas mais banais as que caberiam nas nossas memórias, tomei nota da riqueza de cambiantes que cada um de nós imprimia ao cuidado de recordar os factos mais facetos e inesperados do diálogo que durante horas dos três dias que a estadia do "Toninho do Garrido" esteve connosco e as lembranças quase ainda memorizadas há poucochinho tempo que fluíam facilmente, ocasionando sorrisos de compreensão de uns e de outros.
As gentes têm necessidade de relacionamento que seja plano e rectilíneo para que da sua boca só saia discurso sério e sincero.
Andámos pela cidade e encontrámos gente da mesma idade e afins, com todos trocamos estórias que fazem história, pois são estes diálogos, hoje possíveis de retomar que balizaram o tempo da nossa criação e imprimiram nas nossas almas este sentimento de pertença que se manifesta, assim espontaneamente e que tendo-nos transportado ao passado nos faz felizes no presente.
O drama do que de mal se fez à nossa rua é impossível de remediar, no entanto por essa mesma razão interiorizamos este sentimento, que não produz nada de concreto mas que nos garante o disfrute de uma grande amizade e o orgulho de sermos nados e criados neste espaço mágico que começa a estar melhor cuidado do que usualmente acontecia, depois que a Torralta abriu as portas.
Entre os nados e criados no local encontra-se o amigo Zé Santana que tem sempre um sorriso para nos saudar e algumas estórias para repetir referentes à Comunidade, hoje dispersa pelo mundo, que foi destruída com um acto em que são pródigos os mandões que querem, podem e mandam.
Ao António desejo a maior felicidade e incentivo-o a regressar a este reino maravilhoso sempre que lhe seja possível, pois é certo e sabido que nós o acolheremos e lhe dispensaremos a carinho de outros tempos.
O drama do que de mal se fez à nossa rua é impossível de remediar, no entanto por essa mesma razão interiorizamos este sentimento, que não produz nada de concreto mas que nos garante o disfrute de uma grande amizade e o orgulho de sermos nados e criados neste espaço mágico que começa a estar melhor cuidado do que usualmente acontecia, depois que a Torralta abriu as portas.
Entre os nados e criados no local encontra-se o amigo Zé Santana que tem sempre um sorriso para nos saudar e algumas estórias para repetir referentes à Comunidade, hoje dispersa pelo mundo, que foi destruída com um acto em que são pródigos os mandões que querem, podem e mandam.
Ao António desejo a maior felicidade e incentivo-o a regressar a este reino maravilhoso sempre que lhe seja possível, pois é certo e sabido que nós o acolheremos e lhe dispensaremos a carinho de outros tempos.
Bragança, 02/10/2022
A. O. dos Santos
(Bombadas)
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