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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Câmara de Alfândega da Fé critica duramente o Plano Ferroviário Nacional

 A autarquia transmontana não aceita e não concorda com o atual documento, por deixar de fora ligações ferroviárias consideradas como cruciais para o desenvolvimento regional.


Numa nota difundida à comunicação social, a Câmara Municipal de Alfândega da Fé critica Plano Ferroviário Nacional. A tomada de posição tornada agora pública foi aprovada numa reunião desta autarquia realizada em 14 de fevereiro de 2023. Considera este município que o Plano Ferroviário Nacional deverá ser o instrumento definidor da rede ferroviária que assegura as comunicações de interesse nacional e internacional em Portugal, mas o Plano apresentado pelo atual Governo “não oferece coberta a todo o território nacional e relega investimentos estruturantes para o desenvolvimento e coesão territorial para um prazo de 20 a 30 anos”.

A Câmara de Alfândega da Fé diz “que o prazo previsto para a realização dos investimentos nas ligações ferroviárias do interior não é aceitável” e que é urgente e crucial “o investimento na região para a fixação de pessoas e empresas”.

A autarquia transmontana não aceita e não concorda com o atual documento, por deixar de fora ligações ferroviárias consideradas como cruciais para o desenvolvimento regional. Segundo essa tomada de posição pública “este Plano Ferroviário ostraciza Trás-os-Montes, discriminando um território já por si fragilizado, despovoado e envelhecido e cuja tendência será o agravamento da conjuntura socioeconómica se não houver coragem para uma mudança no paradigma de investimentos, que privilegia sempre o litoral do país. Deveria ser já reconhecida centralidade ibérica de Trás-os-Montes, dando-lhe condições para oferecer uma porta de entrada para toda a Europa através da Alta Velocidade em ligações para Lisboa, Porto, Madrid e Europa”, refere-se no comunicado da autarquia.

Na nota de imprensa acusa-se ainda o governo de esquecer a região de Trás-os-Montes e Alto Douro. “A proposta do Governo esquece esta região, quando a mesma deveria ser estratégica para o desenvolvimento do nosso país e da região norte, nomeadamente para valorizarmos ainda mais o Aeroporto Francisco Sá Carneiro e o Porto de Leixões. Os grandes investimentos concentram-se no litoral, não se assumindo como um verdadeiro Plano Nacional, já que ficam de fora importantes ligações dentro do país, como a ligação entre as Beiras e Trás- os-Montes”.

Considera a Autarquia de Alfândega da Fé que o Plano Ferroviário apresentado pelo Governo é uma “proposta pouco ambiciosa, que não malha o território e nem faz as ligações necessárias para se criar uma verdadeira rede de transporte ferroviário, capaz de ligar o litoral e o interior o norte e o sul, em todas as frentes. Não valoriza a mobilidade inter-regional e transfronteiriça e não satisfaz as principais pretensões e necessidades de mobilidade sustentável para a região de Trás-os-Montes”.

A Câmara Municipal de Alfândega da Fé manifestou-se também na consulta pública do Plano Ferroviário Nacional e aí expôs o “seu profundo desacordo” perante a proposta apresentada pelo Governo para a ligação ferroviária a Trás-os-Montes, tendo a esse propósito incluído o estudo efetuado pela Associação Vale d’Ouro que em setembro de 2021 propôs uma ligação de alta velocidade entre o Aeroporto Francisco Sá Carneiro e Madrid via Trás-os-Montes, servindo as capitais de distrito e principais cidades da região.

A Câmara Municipal de Alfândega da Fé defende também a construção de uma ligação da futura ferrovia do Nordeste a Vila Franca das Naves, considerando urgente ligar os 60 quilómetros de Vila Franca das Naves até ao Pocinho, ligando e malhando, desta forma a rede da região Centro com a rede da região Norte, de forma a promover interligações e interfaces de desenvolvimento local e regional entres as Beiras e Trás-os-Montes. Defende ainda a criação de uma rede ferroviária intermunicipal para o sul do Distrito de Bragança, que permita combater o isolamento da população, com ligações ao litoral e Beira Alta.

“Estamos perante um território com enorme potencial na área do turismo e acreditamos que o transporte ferroviário é crucial para alavancar o seu crescimento, de uma forma sustentável. possibilitando a vinda de um maior número de visitantes à região”, lê-se no comunicado da autarquia transmontana.

A terminar esta manifestação pública de descontentamento relativamente ao Plano Ferroviário Nacional, a autarquia de Alfândega da Fé diz que a “ região transmontana não pode apenas ter centralidade e servir para ser cortada e rasgada pelo Gasoduto Ibérico, que vai permitir terminar a interconexão ibérica para o transporte futuro de hidrogénio verde e transitoriamente de gás natural, sem dúvida, duas prioridades para o nosso país. Mas, este território também tem pessoas, empresas e muito potencial para servir o desenvolvimento do nosso país. Por isso, esta região também deve ser estratégica e prioritária para a criação de uma rede ferroviária nacional e ibérica coesa e sustentável no prazo de 10 anos”, conclui.

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