Arranjar uma habitação pode ser um processo penoso, principalmente para os jovens que vêm estudar para o politécnico. Mas isso não significa que não há casas livres, significa que não estão disponíveis. De acordo com o presidente da câmara, Hernâni Dias, há muitas casas que estão vazias e não estão a ser arrendadas.
“É sabido que em Bragança não abunda habitação, não há habitação disponível. Também sabemos que há muita habitação que está encerrada durante o ano inteiro, obviamente que terá que haver aqui aquilo que é a compatibilização dos interesses dos proprietários com o interesse maior do próprio país, no sentido de haver disponibilidade de habitação”, disse.
Recentemente o Governo apresentou um pacote de medidas à habitação, com o intuito aumentar a oferta de imóveis para arrendamento, combater a especulação imobiliária e ainda apoiar as famílias. Está agora em discussão pública e críticas não faltam. Hernâni Dias entende ainda ser cedo para ter uma opinião, mas considera que os autarcas deveriam ter sido consultados para poderem dar uma realidade das regiões.
“Eu acho que é sempre importante ouvir quem está no terreno. Provavelmente até numa fase prévia à discussão dever-se-ia ter tido o contacto de junto dos próprios municípios tentar obter dados concretos e objectivos para depois se poder criar uma solução que fosse consentânea com aquilo que são os interesses dos proprietários, mas também daqueles que precisam das habitações”, frisou.
Só no concelho de Bragança há centenas de casas devolutas, ou seja, que estão desocupadas há mais de um ano. Se ficarem disponíveis ficaria resolvido o problema de falta de habitação em Bragança? Isso o autarca já não sabe.
Este pacote de 16 medidas para habitação do Governo vai estar em consulta pública até 10 de Março e vai custar cerca de 900 milhões de euros.
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