Vários vinhaenses participam na iniciativa e há muitos jovens que fazem questão de estar presentes para que a tradição não morra nos próximos tempos.
“Desde que sou criança que participo neste evento. Temos a missa dos diabos e depois os diabos vão atrás das meninas que estão nas varandas e querem fugir ao diabo, mas não podem. No fim, julga-las a todas”, contou um dos diabos.
Os “Mil Diabos à Solta em Vinhais” têm atraído vários curiosos, tanto de outros concelhos do distrito, como de outros pontos do país e até de Espanha. Sérgio Lopes foi um dos visitantes e considera que estas tradições têm que se manter vivas.
“Eu sou de Barcelos e esta é a primeira vez. Estou adorar, gosto muito mesmo. Temo que se manter para sempre esta tradição”, frisou.
O presidente da câmara de Vinhais, Luís Fernandes, vê com agrado que várias pessoas rumem à vila, neste dia.
“É bom sinal quando vemos pessoas de outras zonas do país, mas também da vizinha Galiza. As pessoas cada vez gostam mais de vir, de estar e de ver estas tradições e isso é óptimo”, referiu.
Ainda no sábado, a câmara inaugurou o Centro Interpretativo do Diabo e da Morte, situado no centro histórico, em homenagem à tradição secular, que encerra as festas de Inverno.
Em Vinhais é tradição, neste dia, que várias pessoas vistam a pele do diabo. Depois de uma missa de imposição de cinzas, deu-se início à procissão que atravessa a vila, com momentos teatrais. O trajecto termina no Largo do Arrabalde, com a queima da Morte. Durante o percurso várias raparigas são capturadas para ser castigadas, perante a Morte.
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