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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Especialista defende que brincar e falhar é essencial para as crianças desenvolverem comportamentos equilibrados em adultos

 Perante o aumento do número de casos de maus-tratos no distrito, é preciso deixar as crianças falhar e perceber como resolver os problemas, para não se tornarem adultos com alguns desequilíbrios comportamentais

Quem o defende é Carlos Neto, investigador e professor da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, considerado um dos maiores especialistas mundiais na área da brincadeira e do jogo, bem como da sua importância para as crianças. “As crianças deviam estar a ter a possibilidade de brincar e a aprender de forma livre, adquirir conhecimentos, como, há trinta ou quarenta anos, fazíamos com os nossos amigos, numa dimensão informal, brincando muito na rua. Portanto, é preciso termos políticas públicas ousadas para tornar as cidades, famílias e escolas activas e não estar tudo preocupado com uma escola a tempo inteiro. É preciso que as crianças tenham tédio e frustração, que não seja tudo pronto e dado na hora, para que elas tenham resiliência e capacidade de adaptação”.

Declarações de Carlos Neto à margem de um seminário sobre questões ligadas aos maus-tratos a crianças e jovens, que decorreu em alfândega da Fé. O especialista defendeu que é preciso tomar medidas. “Temos que trabalhar todos em conjunto, em rede, para saber encontrar e diagnosticar essas crianças e jovens adolescentes que, hoje, estão numa situação de dificuldade de saúde mental, porque não têm expectativas, prazer na existência, dimensão de futuro e vivem com famílias destruturadas. É preciso, obviamente, ir buscar as memórias de infância, provavelmente os avós começarem a falar mais com os netos, para lhes mostrarem as experiências que fizeram na sua infância, e os pais fazerem também uma espécie de reabilitação para tentarem perceber que a educação dos seus filhos merece ser feita de outra maneira”.

Carlos Neto diz que se vive uma vida à pressa, de forma superficial, e que é preciso mudar rapidamente essa questão. “É preciso ganhar valores e ter objectivos e eles são construídos numa existência que tem de ter sentido, tem de se ter rumo. Para isso é preciso parar, pensar e voltar a começar de novo para uma nova existência porque esta leva-nos a situações dramáticas, muitas vezes de desinteresse, doença mental e de inquietação emocional”.

Carlos Neto esteve na semana passada em Alfândega da Fé.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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