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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Produção de figo na região com quebras significativas devido às altas temperaturas

 As temperaturas extremas durante o Verão trouxeram prejuízos na produção de figo


A cultura é cada vez mais uma aposta dos jovens agricultores da terra quente, contrariando a tendência do olival, da vinha ou da castanha. Beatriz Pilão, produtora com 15 hectares no Vale da Vilariça, conta que este ano teve quebra de 20% na produção. “Foi um bocado complicado, em termos de condições climáticas, ou seja, houve, no início de Agosto, temperaturas extremas, passamos os 40 graus, e os figos acabaram por ficar alguns queimados. O ciclo acabou por ser mais curto e os figos não conseguiram vingar, acabando, muitos deles, por cair”.

A agricultora começou a produção há uma década e escolheu o Vale da Vilariça, no concelho de Vila Flor, devido a ter regadio. Embora a rega minimize os prejuízos causados pelas temperaturas extremas, Beatriz Pilão vê-se obrigada a fazer um uso controlado devido aos gastos. “Tenho rega só que eu também tenho de controlar os custos de produção. Tenho custos com a água, com a electricidade, para bombear uma parte da água para o mar e, portanto, tudo isso são custos. E, muitas vezes, também não conseguimos valorizar o produto da forma que gostaríamos, para conseguir maximizar o lucro”.

O figo é pago de acordo com as exigências dos clientes. Filipe Carcau, jovem agricultor com 30 hectares de figueiras no concelho de Mirandela, admite que o preço pode ser muito variável, mas ainda assim não é justo. “Varia em função daquilo que fazemos com o figo. Portanto, temos clientes que nos pedem o figo já quase pronto para entrar nas prateleiras das lojas e temos outro figo que é vendido mais a granel. Vai depender também dos calibres. Portanto, é uma coisa muito variável. Mas podemos considerar que os preços podem variar entre 85 cêntimos e 4 euros o quilo. Não podemos considerar que seja justo porque existem sempre muitas margens que ficam nos intermediários”.

Em relação à campanha anterior, também teve uma quebra de cerca de 20% e com tamanhos mais reduzidos. “Foi um ano médio em termos de produção, afectado essencialmente pelas vagas de calor do mês de Julho. Eram calibres médios, essencialmente, e o ideal é termos sempre calibres grandes em qualquer fruta”.

De acordo com o Centro de Gestão da Empresa Agrícola Vale do Tua, instituição situada em Mirandela que apoia os agricultores, quer a nível técnico, quer a nível burocrático, há cada vez mais agricultores a apostar na figueira, “80%” são jovens.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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