Um pequeno martelo dá pancadas suaves num estilete que fere a madeira. Os instrumentos de trabalho são manuseados pelas mãos calejadas de Francisco Cangueiro. Com paciência e saber vai dando vida ao fole de madeira. Francisco Cangueiro dá expressão a diversos utensílios, mas a cutelaria marcou o início da sua vida. As facas que faz «são funcionais. As pessoas procuram para a cozinha, ou então para a caça», comenta.
Aliás, é nos caçadores que consegue algum do material para trabalhar. «Os chifres, por exemplo, são os caçadores que me trazem e dão em troca de faca», explica Francisco Cangueiro, acrescentado que «as madeiras e as lâminas compro-as».
Na fábrica de navalhas Fil MAN, em Palaçoulo, concelho de Miranda do Douro, de onde é natural, Francisco Cangueiro deu os primeiros passos no ofício. Paralelamente, o artesanato ia-se desenrolando como um passatempo. Aos poucos ganhou espaço e tornou-se o dia-a-dia. «Começou como uma brincadeira», conta Francisco, enquanto desvia o olhar do fole de madeira que está a esculpir, para mostrar a sua arte no decorrer da Feira de Gastronomia de Santarém.
Talhar punhos de facas foi durante muito tempo o passatempo deste artesão de 49 anos. «Madeira, dentes e cornos de animais, um martelo e um pequeno estilete era tudo quanto necessitava para dar forma aos punhos das facas», explica. O desenho sai no momento, são figuras que se assemelham ao homem, outros aproximam-se mais de seres sobrenaturais. Os clientes foram surgindo e «há mais de 25 anos que esta é a minha profissão», explica Francisco Cangueiro.
A sua arte foi ganhando contornos de negócio e os modelos multiplicam-se. As mãos laboriosas começaram, então, a talhar grandes pedaços de madeira dando corpo, por exemplo, a representações da última ceia. Começa a fazer quadros onde esculpe brasões e outras imagens. «E assim os foles» diz, apontando para o trabalho que agora tem entre mãos.
O filho começa a acompanhar Francisco Cangueiro nesta aventura pelos ofícios tradicionais. O artesão revela-se feliz e esperançoso ao confessar-nos o interesse do filho pela arte. «Tenho esperança de que ele continue», afirma. Aproximam-se curiosos, e potenciais clientes. É hora de nos despedirmos de Francisco Cangueiro e deixá-lo continuar a sua talha.
(Sara Pelicano)
in:cafeportugal.net
Aliás, é nos caçadores que consegue algum do material para trabalhar. «Os chifres, por exemplo, são os caçadores que me trazem e dão em troca de faca», explica Francisco Cangueiro, acrescentado que «as madeiras e as lâminas compro-as».
Na fábrica de navalhas Fil MAN, em Palaçoulo, concelho de Miranda do Douro, de onde é natural, Francisco Cangueiro deu os primeiros passos no ofício. Paralelamente, o artesanato ia-se desenrolando como um passatempo. Aos poucos ganhou espaço e tornou-se o dia-a-dia. «Começou como uma brincadeira», conta Francisco, enquanto desvia o olhar do fole de madeira que está a esculpir, para mostrar a sua arte no decorrer da Feira de Gastronomia de Santarém.
Talhar punhos de facas foi durante muito tempo o passatempo deste artesão de 49 anos. «Madeira, dentes e cornos de animais, um martelo e um pequeno estilete era tudo quanto necessitava para dar forma aos punhos das facas», explica. O desenho sai no momento, são figuras que se assemelham ao homem, outros aproximam-se mais de seres sobrenaturais. Os clientes foram surgindo e «há mais de 25 anos que esta é a minha profissão», explica Francisco Cangueiro.
A sua arte foi ganhando contornos de negócio e os modelos multiplicam-se. As mãos laboriosas começaram, então, a talhar grandes pedaços de madeira dando corpo, por exemplo, a representações da última ceia. Começa a fazer quadros onde esculpe brasões e outras imagens. «E assim os foles» diz, apontando para o trabalho que agora tem entre mãos.
O filho começa a acompanhar Francisco Cangueiro nesta aventura pelos ofícios tradicionais. O artesão revela-se feliz e esperançoso ao confessar-nos o interesse do filho pela arte. «Tenho esperança de que ele continue», afirma. Aproximam-se curiosos, e potenciais clientes. É hora de nos despedirmos de Francisco Cangueiro e deixá-lo continuar a sua talha.
(Sara Pelicano)
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