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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Associação Agrothink promove"visão mais mercantil" no sector agrícola português

A Agrothink, associação criada para valorizar a agricultura nacional levando-a a participar das mais-valias da atividade, vai apostar o próximo quadro comunitário de apoio para promover uma "visão mais mercantil" do setor que lhe garanta uma melhor remuneração.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da direção da Agrothink - Associação para a Promoção do Desenvolvimento e Internacionalização da Agricultura Portuguesa explicou que a entidade foi criada "há cerca de um ano", com sede no Porto, para se assumir como um 'think tank' (grupo de reflexão) sobre o setor agrícola nacional.

Agricultor-11.gif"A ideia desta associação é ter um 'think tank' para o setor agrícola, para o setor primário, cujo objetivo é que os agricultores ganhem mais-valias e mais dinheiro ao nível da comercialização. O que ambicionamos é fazer com que os agricultores e o setor primário tenham uma visão mais mercantil e empresarial da sua atividade, para maiores retornos financeiros", afirmou António Bonito.

E, se no primeiro ano de funcionamento a Agrothink teve ainda "uma atividade muito incipiente", até porque surgiu já na fase final de um Quadro Comunitário de Apoio, a associação garante estar agora "a posicionar-se, a dimensionar-se e a planear o que irá querer fazer nos próximos sete anos".

Para António Bonito, agricultor de profissão e um dos fundadores da associação, um dos 'handicaps' (falhas) do setor primário português tem sido "a forma como tem estado, desde há muitos anos, isolado como uma ilha".

"Este é um conceito que, do nosso ponto de vista, não poderá ter futuro, até porque no setor agrícola vivemos em interação com outros setores de atividade e o que temos que fazer - até porque o risco da produção recai sempre nos agricultores -- é participar na mais-valia do processo de transformação ou da própria comercialização, integrando-nos na cadeia de valor", sustentou.

Neste sentido, disse, a Agrothink propõe-se "criar um 'think tank' envolvendo não só agricultores, mas também associações, universidades, politécnicos, empresários, comerciantes, associações comerciais, centros de investigação e entidades ligadas à logística", ao qual caberá conceber modelos que permitam a obtenção de mais-valias ao setor agrícola.

"A brincar, costumo dizer que sou produtor de carne, mas o que gostava de vender não era o vitelo nem a vaca, mas o bife com batatas fritas, porque aí estava a fazer integração de todo o valor deste percurso comercial que tem o produto", exemplifica.

De acordo com António Bonito, numa altura em que se fala muito "da qualidade intrínseca das produções, do saber fazer, da qualidade associada, da tradição e da história de alguns produtos nacionais, é um erro querer concorrer com grandes quantidades" no mercado global, porque Portugal "não tem uma agricultura de volume".

"Temos é que ter uma agricultura diferenciada exatamente por estas tradições, pelo saber fazer e pela qualidade, associando-lhe algum toque de modernidade", considerou.

Para o efeito, disse, "os agricultores têm que investigar e melhorar, criando, em conjunto com outras entidades e parceiros, uma rede privilegiada em que, no final, todos fiquem a ganhar".

Neste momento, a Agrothink diz ter já formalizado "vários protocolos" com as universidades de Lisboa e de Évora e com os politécnicos de Portalegre, Bragança e Beja, estando em curso contactos com a Universidade do Porto e com a Fundação de Serralves, "porque agricultura também cultura, no saber fazer e nas tradições".

PD // MSP
Lusa/fim

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