Pais e alunos da Escola do 1.º Ciclo de Espinhosela, no concelho de Bragança, despediram-se, na passada quarta-feira, do estabelecimento de ensino, que já não vai abrir as portas no próximo ano lectivo. O final das actividades escolares foi festejado com um dia repleto de actividades.
E se, por um lado, o sentimento era de alegria, por outro era de tristeza, por este ser, ao que tudo indica, o último ano em que a escola recebeu alunos.
Alguns pais dizem que se a escola fechar as crianças vão estar mais desprotegidas. Deolinda Fernandes é mãe de uma criança e diz que ao os alunos “irem para uma escola diferente, a preocupação será maior, e terá de se redobrar a atenção”.
Mas as opiniões dividem-se. Paulo Rodrigues, outro encarregado de educação, diz que “os miúdos estão melhor em Bragança do que em Espinhosela, pois na cidade têm outras condições que não têm na aldeia. Convivem com mais pessoas e têm onde fazer ginástica”, salienta o pai de um dos alunos.
O presidente da Junta de Freguesia de Espinhosela, Telmo Afonso, acredita que o encerramento da escola vai contribuir para o despovoamento da freguesia, referindo que “se vai perder uma instituição que dinamizava bastante a aldeia”.
A professora da Escola de Espinhosela, Bárbara Padrão, vê o fecho do estabelecimento de ensino com um sentimento de pena, pois diz que esta é uma escola acessível às crianças das aldeias. “São aldeias bastante distantes e, se a escola encerra, eles têm que andar muitos mais quilómetros, levantar-se muito mais cedo e andar expostos a todos os perigos da deslocação de autocarro”, acrescenta a professora.
A vereadora da Educação da Câmara Municipal de Bragança, Fátima Fernandes, esteve presente na festa e explicou que a legislação prevê o encerramento das escolas com menos de 21 alunos e esta escola tem, apenas, nove crianças.
in:jornalnordeste.com
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