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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

FEIJÕES DE METRO E BATATAS DE QUILO

Olá gente boa e amiga! 
No passado fim-de-semana tivemos a primeira geada do Outono. Segundo o tio Queiroz, de Mal Partida (Almeida – Guarda), agora já temos mais um cobertor na cama. As folhas já começam a cair, que o digam os nossos ouvintes do clube dos auriculares, os ministros da limpeza das nossas localidades, porque já começou a época da ‘encadernação’. A minha cidade de Bragança tem muito mais vida. Temos mais estudantes do que nunca e de muitas origens diferentes, de Portugal e do estrangeiro. Muitos deles são meus companheiros de rua, porque a partir das 4:30 da manhã, quando venho fazer o programa, encontro os doutores de capa a comandar os pelotões de caloiros a serem praxados. Numa destas madrugadas, para meu espanto, fui reconhecido por alguém de um desses pelotões que começou a cantarolar “bom dia Tio João, amigo do coração” e todos repetiram em voz alta. Senti-me envergonhado e um pouco assustado e por isso me retraí. Depois de pensar melhor, agradeci-lhes com um aceno de mão, mas fiquei triste de não ter ido pessoalmente agradecer e saber de que curso eram.

Um abraço de agradecimento para todos eles.

O tio Morais, de Vila Nova de Monforte (Chaves), contou-me que tinha encontrado no meio do seu lameiro uma ‘camisa’ de uma cobra com 1,92 m. de comprimento, que o deixou espantado, assim como a todos os utentes do lar da aldeia, onde a foi mostrar.

Deixo aqui o convite a todos os mogadourenses e não só, para nos acompanharem no próximo sábado na Feira dos Gorazes, em Mogadouro, de onde vamos estar em directo para o programa do Tio João.

Agora vamos festejar a vida de quem nos escuta. Nos últimos dias estiveram de aniversário o tio Rogério Sá (71), de Vila Nova (Bragança); o Chico Mau Feitio (40), de Veigas – Quintanilha (Bragança); Norminda (79), da Ribeirinha (Mirandela); Irene Canteiro (50), de Samil (Bragança); Normando (60), de Cidões (Vinhais); Ana Maria Porto (78), de S. Martinho de Angueira (Miranda do Douro); Teresa (53), de Babe (Bragança); a tia Lurdes (98), mãe do tio Chedre, de Nunes (Vinhais); João (83), Valdrez (Macedo); Iracema (69), de Nunes (Vinhais) e Fátima (48), de Podence (Macedo de Cavaleiros), não esquecendo os 66 anos de matrimónio do casal Gualter e Maria, de Agrochão (Vinhais).

Estamos no mês de Outubro e por cá já anda meio mundo à espera que a castanha comece a cair. A tia Chanqueira, de Sendim (Miranda do Douro), que nos fale sempre em sendinês, disse-nos que este ano há menos de metade das ‘almendras’ que é costume haver e que ‘las nuzes’ estão muito atrasadas. Como grande produtora de nozes que é, também nos disse que “ainda não estão a sair da casca.

O tio Liberdade Jantaradas, também de Sendim, disse-nos que todos os anos colhe cerca de 2000 quilos de uvas e este ano teve que lhe tirar um zero. Quem nos disse o contrário, utilizando a expressão “em anos maus é que se vêem os bons agricultores”, foi o tio Zé Carlos Pinto, de Tabuaço (Viseu), que este ano teve muito mais uvas que em anos anteriores, porque teve a perspicácia de caldear por cinco vezes, sempre no momento certo, ou seja, antes de virem os nevoeiros, porque quem deitou a calda depois, queimou as uvas.

Foi neste último fim-de-semana prolongado, que se realizaram mais vindimas, visto que os familiares vieram ajudar à festa. Alguns dos nossos tios continuam a querer vindimar mais tarde, porque dizem que as uvas que entretanto não são comidas pelos pássaros, fazem o vinho atingir mais grau.

Ultimamente temos falado muito de uns feijões que já muita gente produz e que dão pelo nome de “feijões de metro”. O tio Delmino Vaz, de Grijó (Bragança), disse que tem um feijoal em que todos os feijões desta espécie têm mais de 70 centímetros. A minha sogra, a tia Sarinha, de Caravela (Bragança), também os produz e posso dizer que são muito saborosos.

Estamos num ano de batatas, mas as mais tardegas são as maiores. Que o diga a tia Maria de Lurdes, de Fontes de Transbaceiro (Bragança), que há poucos dias arrancou batatas com mais de um quilo e a da fotografia, na mão do seu filho, que tem cerca de dois quilos.

A todos umas boas agriculturas e para a semana cá estaremos a anunciar a chuva, se Deus quiser.

Tio João
in:jornalnordeste.com

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