Neste verão de 2022, as expectativas “são animadoras” para o Douro, classificado há 20 anos pela UNESCO, prevendo-se que muitas unidades hoteleiras da região alcancem os 100% de ocupação, sendo ultrapassados os níveis pré pandemia.
E, no território, os turistas espalham-se pelas variadas propostas desde as quintas, hotéis ou as unidades de alojamento local.
“O AL no Douro está de facto em expansão (…). A evolução deste segmento de alojamento está a contribuir para a diversificação da oferta turística, uma oferta caracterizada por um vasto conjunto de unidades de alojamento local cada vez mais qualificadas e que se apresentam complementares à oferta dos tradicionais hotéis e quintas da região”, afirmou o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins.
De acordo com os dados, atualmente existem 714 registos de unidades de Alojamento Local no Douro, que, em conjunto, representam a oferta de 3.349 camas.
Este ano há 73 novos registos (247 camas), os quais se somam aos 101 registos (499 camas) contabilizados em 2021.
“Acreditamos que estas tipologias de alojamento, direcionadas para novos segmentos de públicos, não surgiram para substituir as tradicionais unidades hoteleiras, mas sim para complementar a oferta turística da região do Douro”, reforçou.
Luís Pedro Martins considerou que o “aumento da procura turística no Douro, caracterizada por consumidores com diferentes motivações e poder de compra, é um dos principais impulsionadores do crescimento do mercado de AL na região”.
“Desta forma, o AL assume um papel predominante na recuperação económica dos territórios, contribuindo para transformar casas históricas e edifícios antigos degradados e desabitados, transformando-os em alvos de interesse turístico”, apontou.
E, acrescentou, “especialmente em territórios de baixa densidade, como é o caso do Douro, este crescimento pode promover um efeito de desenvolvimento ‘pulverizador’”, contribuindo para a “dinamização económica de diversos agentes locais, nomeadamente produtores locais, restauração, lojas de artesanato e comércio”, bem como para a “criação de novos postos de trabalho”.
Para Luís Pedro Martins, o “desafio deste segmento de alojamento passa pela total contribuição para os índices de sustentabilidade da região, através da adoção de práticas de turismo sustentável”.
“Neste setor, é bem visível a necessidade de encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento turístico dos negócios de AL e a responsabilidade sustentável e ambiental que devem assumir. Neste caso, isso é ainda mais importante, uma vez que estamos a falar do Douro”, salientou, lembrando a classificação como Património Mundial da UNESCO em 2001.
Questionado sobre a evolução do turismo neste destino em 2022, o responsável referiu que “foi um início de ano difícil, como para todas as regiões, com taxas de ocupação a não ultrapassar os 25%”.
“No entanto, foi melhorando gradualmente e desde o período da Páscoa que as taxas de ocupação acabam por disparar”, frisou.
Citando dados do Turismo de Portugal, referiu que a taxa de ocupação nos estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos e apartamentos turísticos do Douro, entre janeiro e junho, foi de 45,6% e que, para este verão, as perspetivas “são animadoras”, uma vez que se prevê que “muitas unidades hoteleiras alcancem os 100% de ocupação.
As expectativas para 2023 são, frisou, “bastante positivas”, pois à dinâmica atual o Douro tem a acrescentar o facto de ser a Cidade Europeia do Vinho, cujo mote será ‘All Around Wine, All Around Douro’, reforçando a notoriedade no contexto internacional e contribuindo para captar ainda mais e “melhores” turistas.
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