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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Várias aldeias de Macedo de Cavaleiros estão praticamente às escuras

 Os presidentes de junta acusam a empresa responsável pela reparação da iluminação pública, a E-Redes, de não resolver os problemas, que se arrastam há já vários meses, em localidades onde a população é maioritariamente idosa.


Na aldeia de Comunhas, que pertence à freguesia de Ferreira, há cerca de dois meses e meio uma forte trovoada durante a noite fez fundir à volta de 70% das lâmpadas de iluminação pública.

De acordo com o presidente da junta, António Gomes, desde então que tem ligado várias vezes para a empresa responsável, no sentido de resolver o problema, mas sem sucesso até ao momento. “Já há mais de dois meses e meio que houve uma trovoada que fez queimar bastantes eletrodomésticos e quase todas as lâmpadas da iluminação pública da aldeia.

A maioria das ruas estão sem luz, apenas umas quatro lâmpadas estão a funcionar.

Isto é uma vergonha pois já reclamámos muito, chegámos até a alertar que a festa da aldeia estava a chegar, e a empresa sempre garantiu que dentro de uns oito dias viriam ao local resolver o problema, mas nada acontece.

A população está chateada e com muita razão.

Contactei também a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros para que nos desse uma ajuda, mas nem assim vieram resolver. Estamos chateados com a situação.”

Nesta aldeia, a população residente durante o ano é de cerca de 60 pessoas, número que aumenta consideravelmente nos meses de verão, com a vinda dos emigrantes. E a revolta é geral. “Desde há uns três meses que veio aquela trovoada e não maneira de virem arranjar a luz. É complicado porque num perímetro de 100 metros, onde deveriam estar a funcionar seis lâmpadas, está uma. Bastava há 50 anos, quando não havia iluminação e tínhamos lodo nas ruas. Agora isto está mais moderno e o normal é que esteja a luz a funcionar.”

“Moro lá em cima e estou sem luz. É complicado para andar e até mesmo para sair com o carro.”

“Sem luz à noite é um problema e sinto-me insegura.”

“É uma vergonha, pois uma pessoa quer ir ver uma amigo, sai de um local com luz mas na outra parte da rua já não há, e isso não é normal. Podemos cair e ir para o hospital. É mais perigoso até para os idosos e crianças.”

No outro lado do concelho, em Lagoa, também tem havido problemas com a prestação de serviços da E-Redes. O presidente da junta de freguesia, Nuno Trindade, conta que em novembro do ano passado reportou à empresa a avaria de 18 lâmpadas, e até agora só foram substituídas cinco, o que aconteceu só cerca de meio ano depois, sem haver justificação para a não intervenção nas restantes.

Uma situação que tem criado constrangimentos à população e a fraca visibilidade até já provocou a queda a uma habitante idosa. “Uma senhora idosa caiu numa dessas ruas sem iluminação. Já reportei isso à E-Redes também.”

Não bastasse não solucionarem o problema, Nuno Trindade diz-se ainda indignado pelo facto de a E-Redes ter recentemente dado as situações como resolvidas. “Esse reporte até foi feito no dia 2 de agosto e no dia 10 enviaram mails referindo que estavam todas reparadas com sucesso, mas a verdade é que não houve qualquer intervenção, pois tudo continua na mesma.

Recentemente estive novamente com eles ao telefone e até propus ir com um técnico da empresa ao local para referir quais as lâmpadas fundidas, ao invés de estar a reportar poste a poste, para facilitar.

O serviço não é eficiente e é claro que as pessoas não compreendem isso.”

Situação semelhante acontece também na freguesia ao lado, Morais.

Na aldeia da Sobreda, que pertence à freguesia, quase metade das lâmpadas estão avariadas e em Morais também há algumas por substituir, refere o presidente junta de freguesia, Ramiro Valadar. “Em Morais há algumas e na Sobreda 40% da aldeia está sem luminárias.

Todos os dias insistimos com mails mas torna-se complicado porque a própria população, por vezes, pensa que não estamos a fazer o nosso trabalho, e embora tenhamos os mails para confirmar, as pessoas querem é o problema resolvido.

Em algumas ruas vivem pessoas idosas, que não têm cá os filhos, estes que mesmo do estrangeiro nos ligam para falar desta situação.”

De acordo com o presidente da junta, apesar de sempre ter havido demoras na reparação da iluminação pública, tem piorado no último ano. “No último ano tem-se agravado mais. Antigamente comunicávamos, demoravam uns 15/20 dias mas vinham ao local e reparavam.

Ultimamente tem sido muito pior e com outra agravante: às vezes vêm ao local, reparam uma luminária e vão embora, ficando as outras por reparar. Tem sido muito mau.”

Contactámos a empresa em questão, a E-Redes, para obter esclarecimentos sobre as situações referidas, mas sem qualquer resposta até ao fecho desta reportagem.

Situações que preocupam a população e os presidentes de junta destas aldeias do concelho de Macedo de Cavaleiros, onde as noites têm sido mais escuras que o habitual, o que se não for resolvido no curto prazo, será ainda pior nos próximos meses, com a diminuição das horas de claridade.

Escrito por Onda Livre (CIR)

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