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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Famílias carenciadas de Bragança pedem pagamento de facturas além de cabazes alimentares

 O número de pedidos de ajuda, quer para alimentação, quer para pagamento de despesas, está a aumentar, ligeiramente, em Bragança


O impacto da pandemia, da guerra e da inflação deixa cada vez mais gente a precisar de apoio.

A conjuntura fez mudar muitas coisas. Não se ficou pelo arrastar mais pessoas para a situação de pobreza ou de dificuldade económica. Segundo a directora-técnica da Cáritas Diocesana de Bragança, hoje em dia, há cada vez mais pessoas da classe média a passar dificuldades e os pedidos que chegam à instituição já não se baseiam só em apoio à alimentação. As despesas são cada vez mais difíceis de suportar para muitas pessoas.

“Eu acho que o pior ainda está para vir. Com o inverno a chegar, eu creio que os pedidos de ajuda vão aumentar no que respeita a facturas de electricidade, gás. Os rendimentos das famílias não vão chegar”, afirmou Cristina Figueiredo.

Comparando o ano passado com este, a directora-técnica diz que os pedidos que ali chegam estão a aumentar, mas de forma ainda pouco significativa. Ainda assim, Cristina Figueiredo está preocupada com os próximos tempos, já que o cenário vai ficar complicado para muita gente.

“O que se está a notar é que famílias da classe média estão a passar dificuldades. Até há uns anos não tínhamos por hábito fazer pagamento de rendas, neste momento, em situações urgentes estamos a fazê-lo. Também situações de estudantes que não conseguem suportar as propinas e a renda”, referiu

Em Junho deste ano houve uma redução significativa de pessoas apoiadas pela Segurança Social. Se em Outubro de 2021, a Cruz Vermelha de Bragança entregava cabazes alimentares a 130 pessoas abrangidas por este fundo, em Outubro deste ano passaram a ser apenas 83. De acordo com o presidente, Duarte Soares, isto fez aumentar a ajuda da instituição a pessoas que não estão referenciadas e não só.

“Aquelas famílias que deixaram de receber o apoio aos mais carenciados e por outro lado temos as pessoas que não estão tipificadas perante a Segurança Social por não reunirem toda a documentação para poderem usufruir de benefícios, estou a falar de migrantes”, explicou.

Há um ano a Cruz Vermelha de Bragança apoiava 21 agregados familiares não referenciados e este ano apoia 24. Os alimentos são de doações feitas à instituição. Duarte Soares diz que têm sido cada vez menos devido ao aumento dos preços.

“Existe essa rede que é o Banco Alimentar da Cruz Vermelha, mas que tem um fim e muitas vezes notamos na própria sede que há uma grande escassez de alimentos. Fazemos campanhas de angariação com alguma frequência em superfícies comerciais. Nota-se que há algum retrair da doação de alimentos, que é legítimo porque um cabaz custa agora o dobro de há um ano”, frisou.

Por isso, o presidente da Cruz Vermelha de Bragança apela à boa vontade dos brigantinos que queiram ajudar com alimentos, como leite, massa, arroz e enlatados, mas também artigos de higiene e detergentes.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves/Ângela Pais

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