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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Soaram os alarmes

 Há muito tempo que soaram os alarmes, e há muito tempo que tanta gente os não ouviu soar – o que é trágico!
O não ouvir soar os alarmes é, primeiramente, ter-se o ouvido muito duro; depois, mesmo que o ouvido não acuse dureza, o não ouvir os alarmes é sinal de indiferença, despreocupação, falta de visão, falta de iniciativa, de coragem e de estratégia de defesa.
Os alarmes começaram com o grito da Terra: incêndios, secas, poluição do solo, do ar e do mar; a destruição de parques naturais e de florestas (que levou à alteração do habitat de muitas e várias espécies de animais, tal como ao desaparecimento de espécies vegetais), e à alteração de terras de cultivo; os fumos, os detritos lançados nos rios e nos mares, o barulho das máquinas e dos meios de transporte, os gritos das multidões nos recintos desportivos, caminhando lado a lado com os gritos dos que pedem pão, justiça e saúde, vão crescendo a um ritmo assustador!
Há falta de água potável em várias regiões do Globo. O mar e os rios já não proporcionam, tanto aos animais que neles vivem como à vegetação que neles cresce, o alimento saudável para a sua sobrevivência. O aquecimento da Terra faz com que o gelo dos polos gradualmente se vá desintegrando e, inevitavelmente, vá fazendo subir o nível do mar, cuja principal consequência será a inundação de muitas povoações limítrofes.
As tempestades, os tufões, ciclones, tornados, furacões, maremotos, vulcões, movimentos impetuosos de areias dos desertos, inundações, chuvas ácidas, buracos no ozono, tal como a construção de barragens, canais e desvio de rios são outros tantos fenómenos que a Terra vem suportando com a paciência que parece estar a esgotar-se.
Rudemente atingido e visivelmente alterado, o clima já não tem forças para a proteger; e ao seu protesto o homem responde com insensibilidade, enquanto procura retalhá-la e fazer escorrer dela profundas lágrimas de sangue!
Não contente com isso, há muito que a vem esventrando para retirar dela o petróleo, o gaz, o minério… e escavando nela inúmeros túneis com a finalidade de tornar mais fácil a travessia de serras e montanhas.
Também o mesmo homem arrasou montanhas, aterrou lagos, secou pântanos e uniu oceanos reduzindo a distância de grandes rotas marítimas! Explorou e continua a explorar as profundezas dos mares e dos rios, donde tem retirado riquezas que aí descobriu; e pela poluição que provoca, vão morrendo belíssimos corais e morrendo variedades de peixes.
Isto com a finalidade e a ânsia de tudo possuir o mais rápido possível para gozo e recreio dos muitos que se dizem donos da Terra!
São os desperdícios da água e dos produtos alimentares, são as refeições que não se consomem e cujos sobejos vão parar ao caixote do lixo… é toda esta sociedade de consumo que tanto exige o sacrifício deste maravilhoso planeta!
Tendo eu consciência de quanto é conhecido por todos o que, aleatoriamente, acabei de enumerar, a minha intenção é apenas ter uma oportunidade de contribuir para relevar e não deixar esquecer tantos atropelos e barbaridades cometidos pelo homem para com a Terra.
Afinal, que herança vamos querer deixar aos nossos vindouros?
Manuel António Gouveia

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