Em 2019 a GNR emitiu 32 autos de contraordenação no conjunto dos 12 concelhos do distrito, em 2020 o número de coimas subiu para 49, aliás o mesmo valor verificado em 2021.
Bragança foi o distrito onde foram registados mais crimes e mais detidos em 2021, seguido de Braga com 36 crimes e 32 detidos, Beja 17 crimes e 10 detidos e Guarda 15 crimes e 10 detidos.
Já em 2020, Bragança se destacava por ser um dos distritos com mais crimes associados à atividade cinegética, nomeadamente 12 crimes e 12 detidos. Nesse ano só o distrito de Leiria é que esteve à frente com 13 crimes e 10 detidos.
Trata-se maioritariamente de crimes de caça ilegal, como o exercício do ato venatório fora do horário da jornada de caça, por exemplo antes do nascer do sol; uso de meios proibidos como o chamariz; ou o desrespeito pela proximidade das vias de comunicação, como estradas nacionais.
Caçadores dizem que divulgação dos crimes prejudica o setor
O presidente da Federação das Associações de Caçadores da 1ª Região Cinética considera que este tipo de criminalidade “não está a aumentar, o que está a aumentar é a sua divulgação, o que em nada beneficia o setor”, referiu João Alves, sublinhando que “a maneira mais fácil de mostrar atividade é apanhar os caçadores de tordos”.
O responsável sabe que as coimas são elevadas. “Há casos caricatos, como o de um indivíduo que dois minutos antes do nascer o sol terá dado um tiro num tordo e foi multado. Claro que se os caçadores cometem infrações devem ser punidos, agora fazer alarido disso, todas as semanas, não me parece muito benéfico”, afirmou João Alves.
A nível nacional, em 2020, a GNR emitiu 282 contraordenações, registou 92 crimes e efetuou 74 detenções. Em 2021 foram emitidas 362 contraordenações, registados 174 crimes e detidos 147 indivíduos. Em 2019 foram 248 contraordenações, 100 crimes e 87 detidos.
Pela análise dos dados da GNR verifica-se que também a nível nacional este tipo de crime está a crescer.
A GNR não disponibilizou os dados de 2022, que o Mensageiro solicitou.
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