É provável que até tenha falado nas noites de irreverência que a minha idade permitia. Não me dá conselhos mas faz-me mudar de rumo… quando vou distraído tirar o café da noite.
Hoje dediquei-lhe mais atenção que habitualmente. Ela deve ter sorrido com ironia.
Cobria uma parede envidraçada e impunha-se. Sempre com pujança e, aparentemente, ignorando quem por ali andava.
Dominava o espaço sem incomodar ninguém.
Cortaram-lhe apêndices, com boa intenção para ver se queria criar família, junto da mesma família, mas noutro espaço.
Até hoje, nunca quis mas um dia vai ceder. Tem que ser.
Mudou de casa, aos trambolhões e continua firme e hirta como sempre esteve.
Tenho a certeza que ela se lembra, como eu me lembro, da outra casa onde se fartou de rir e de chorar. Tenho a certeza que ela, apesar de continuar feliz, se lembra com saudade dos amigos que ali estiveram em dias e noites de alegria e amizade.
Ainda hoje não entendo como cabia ali tanta gente. Hoje presto homenagem a quem sempre teve as portas abertas para receber os amigos e nunca pensou em “morrer rico”.
A minha “costela” falou hoje comigo.
Disse-me que sente saudades dos que conheceu, lá em casa, e que já nos deixaram.
Falou-me dos que já morreram, do Avô Alberto e da Avó Fernanda, do Arlindo Teixeira e do João Barbeiro, do João Fernandes, da Tia Alice e da Tia Júlia, do Tio Fernando e da Adelaide, do Duarte… e de tantos outros.
Depois de lhe caírem umas lágrimas disse-me também que tem saudades daquela rapaziada que ainda anda por cá. Da família, claro, do Jaime, do Higino, do Marcelino, do Max, do Fernando Nunes e do Fernando Silva, dos irmãos Vilela, do Pires e da Lina, do meu Machado… de tantos e tantos que debaixo daquele teto confraternizaram e ajudaram a confirmar que sozinhos não somos nada. E tem, sobretudo, saudades daquelas crianças que foram de encontro a ela e que a fizeram abanar… que agora são homens e mulheres, de todas as cores.
Mas vou-vos confidenciar uma coisa que vos peço, não conteis a ninguém.
Do que a “costela” tem mais saudades, disse-me mesmo agora, é do tempo em que a minha filha e o meu filho eram pequenitos.
Como eu a entendo…
E cá estamos, eu e a “costela”, a tentar resistir às “intempéries”.
Cobria uma parede envidraçada e impunha-se. Sempre com pujança e, aparentemente, ignorando quem por ali andava.
Dominava o espaço sem incomodar ninguém.
Cortaram-lhe apêndices, com boa intenção para ver se queria criar família, junto da mesma família, mas noutro espaço.
Até hoje, nunca quis mas um dia vai ceder. Tem que ser.
Mudou de casa, aos trambolhões e continua firme e hirta como sempre esteve.
Tenho a certeza que ela se lembra, como eu me lembro, da outra casa onde se fartou de rir e de chorar. Tenho a certeza que ela, apesar de continuar feliz, se lembra com saudade dos amigos que ali estiveram em dias e noites de alegria e amizade.
Ainda hoje não entendo como cabia ali tanta gente. Hoje presto homenagem a quem sempre teve as portas abertas para receber os amigos e nunca pensou em “morrer rico”.
A minha “costela” falou hoje comigo.
Disse-me que sente saudades dos que conheceu, lá em casa, e que já nos deixaram.
Falou-me dos que já morreram, do Avô Alberto e da Avó Fernanda, do Arlindo Teixeira e do João Barbeiro, do João Fernandes, da Tia Alice e da Tia Júlia, do Tio Fernando e da Adelaide, do Duarte… e de tantos outros.
Depois de lhe caírem umas lágrimas disse-me também que tem saudades daquela rapaziada que ainda anda por cá. Da família, claro, do Jaime, do Higino, do Marcelino, do Max, do Fernando Nunes e do Fernando Silva, dos irmãos Vilela, do Pires e da Lina, do meu Machado… de tantos e tantos que debaixo daquele teto confraternizaram e ajudaram a confirmar que sozinhos não somos nada. E tem, sobretudo, saudades daquelas crianças que foram de encontro a ela e que a fizeram abanar… que agora são homens e mulheres, de todas as cores.
Mas vou-vos confidenciar uma coisa que vos peço, não conteis a ninguém.
Do que a “costela” tem mais saudades, disse-me mesmo agora, é do tempo em que a minha filha e o meu filho eram pequenitos.
Como eu a entendo…
E cá estamos, eu e a “costela”, a tentar resistir às “intempéries”.
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