Ao que conseguimos apurar, durante a manhã, foi ouvida uma testemunha, ex-funcionária de Telmo Moreno. Trabalhava com o médico, na sua clínica, desde 1999 até Março deste ano.
No tribunal falou favoravelmente da personalidade do médico. Disse ainda que se lembra das duas alegadas vítimas e referiu que não estava no gabinete quando uma delas foi vista pelo médico. Contou ainda que ela própria introduzia a sonda vaginal nas pacientes, quando necessário, sendo que não é médica, nem enfermeira, admitindo que era uma prática comum.
Já durante a tarde, o médico admitiu que ao longo da carreira fez várias vezes o “toque”, ou seja, introduziu os dedos na vagina das pacientes.
No entanto, uma testemunha do Ministério Público, médica radiologista de Lisboa, falou em tribunal, por videoconferência, que não havia a necessidade, nestes casos concretos, de Telmo Moreno ter introduzido os dedos na vagina. A especialista salientou ainda que ao longo da sua carreira nunca fez o toque, nem tem conhecimento de profissionais radiologistas que o tenham feito.
Telmo Moreno está acusado de dois crimes de violação. Uma das queixosas, Ana Costa, contou à Rádio Brigantia e Jornal Nordeste, que o médico lhe terá introduzido os dedos na vagina, sem qualquer prescrição médica, proferindo palavras como “liberte-se”.
O julgamento começou na passada segunda-feira, 2 de Outubro. O Ministério Público pede que o médico radiologista seja acusado dos dois crimes de violação e que fique proibido de exercer a profissão.
As alegações finais são conhecidas a 23 de Outubro. Só depois será marcada uma data para leitura da sentença.
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